tag:blogger.com,1999:blog-34677737.post5456513547458730052..comments2023-07-21T07:40:48.529+00:00Comments on A Biblioteca de Jacinto: As razões da escolha XXIMCAhttp://www.blogger.com/profile/09802983643082705597noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-34677737.post-30685123740429718202007-01-30T10:23:00.000+00:002007-01-30T10:23:00.000+00:00Caro Hugo
Concordo consigo (e se ler oe meus texto...Caro Hugo<br />Concordo consigo (e se ler oe meus texto verificará isso por si) que muitas vezes a argumentação do Não tem sido inconsistente e excessiva. Mas esses seus reparos não se aplicam a mim. Tenho feito um grande esforço de imparcialidade na minha análise, tanto que, durante cerca de um mês não revelei a minha posição e recebi reparos e críticas dos dois lados porque ninguém conseguiu adivinhar com segurança qual a minha posição. Isso demonstra imparcialidade. Eu poderia responder ponto por ponto a todas as suas observações mas na verdade já o fiz nos posts anteriores. Se se der ao trabalho de os ler...MCAhttps://www.blogger.com/profile/09802983643082705597noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-34677737.post-18856676285049422812007-01-29T19:34:00.000+00:002007-01-29T19:34:00.000+00:00Aos Senhores do Não!
Meus Senhores,
Sobre o tema...Aos Senhores do Não! <br />Meus Senhores,<br /><br />Sobre o tema que escrevem, a Interrupção Voluntária da Gravidez, por ser tão dramático, deveriam optar por uma argumentação, menos demagógica e sensacionalista, ou seja, mais séria!<br /><br />Portanto o mínimo que vos peço é para que sejamos sérios!<br /><br />Vamos a factos:<br /><br />1º- O Aborto clandestino existe, não podem ignorar esse facto!<br /><br />2º- Segundo dados da Associação para o Planeamento da Família, em 2006, fizeram-se, 23 000 abortos clandestinos em Portugal;<br /><br />3º-Nos últimos 10 anos, 100 mulheres morreram vitimas de aborto clandestino;<br /><br />4º- A lei actual é criminalizadora, poderá conduzir a uma pena de prisão de até 3 anos, sujeitando as mulheres que recorre à IVG, à humilhação pública, estigmatizando-as e devassando as suas vidas privadas.<br /><br />O que se está a referendar é a seguinte questão: Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?. Nem mais nem menos!<br /><br />Há oito anos estávamos nós a debater esta mesma questão, quando os senhores vieram defender o mesmo não. Um dos argumentos utilizados era afirmar que lei era perfeitamente aceitável para resolver a questão do aborto clandestino.<br /><br />Ora, oito anos passados verificamos que tal não é verdade. Segundo as estimativas em Portugal realiza-se cerca de 23 000 abortos clandestinos.<br /><br />Cerca de 23 000 mil mulheres, repito, recorrem ao aborto clandestino, pondo a sua vida em graves perigos físicos e psíquicos.<br /><br />Logo a lei actual é ineficaz e não dá resposta ao problema do aborto clandestino.<br /><br />Assim sendo, das duas uma, ou fazemos como os senhores, metemos a cabeça na areia como as avestruzes, compactuando com esta realidade ou temos capacidade mental suficiente para verificar que é necessário mudar a lei.<br /><br />Em 1995 a Conferência Internacional das Nações Unidas sobre a População e Desenvolvimento deliberou que o aborto clandestino é um grave problema de saúde pública.<br /><br />Um ano mais tarde, a IV Conferência Internacional da Mulher declara: “o aborto em condições precárias ameaça a vida de um grande número de mulheres, representando um perigo grave para a saúde pública e são, primeiramente, as mulheres mais pobres e mais jovens que maiores riscos correm”.<br /><br />A União Europeia avançou também com recomendações aos seus estados membros: “O Parlamento incentiva os Estados-Membros e os países candidatos à adesão a pugnarem pela implementação de uma política de saúde e social que permita uma diminuição do recurso ao aborto e deseja que esta prática seja legalizada, segura e acessível a todos”. Os países da União Europeia com legislação mais restrita são Malta, Irlanda, Polónia e Portugal.<br /><br />Em 2002 o organismo da ONU,CEDAW (Comité das Nações para a Eliminação da Descriminação Contra as Mulheres) lançou um aviso ao governo português: “O Comité está preocupado com as leis de aborto restritivas em vigor em Portugal, em particular porque os abortos clandestinos têm sérios impactos negativos na saúde das mulheres “.<br /><br />Sendo impossível assegurar a infalibilidade dos meios de contracepção, a possibilidade de interromper uma gravidez em condições de segurança e no quadro da legalidade, em estabelecimentos de saúde devidamente autorizados, é uma exigência de saúde pública.<br /><br />Para além disso, permite acompanhar e integrar no sistema de planeamento familiar todos aqueles que não tiveram acesso à contracepção e a uma educação sexual informada e responsável, evitando a ocorrência futura de gravidezes indesejadas.<br /><br />Esta é uma solução que conduziu a um menor número de abortos no caso dos países europeus que por ela optaram. <br /><br />O facto de defender a despenalização do aborto (é isso que está em causa!) não significa que não seja pela vida. <br />A interrupção de uma gravidez não é desejável por ninguém, o recurso ao aborto não pode ser encarado como algo simplesmente leviano e fácil.<br /><br />Em todas as mulheres que recorrem á IVG há um conflito interior enorme, um grave dilema moral. Pensar o contrário é não confiar nas mulheres, é achar que o aborto vai explodir como se banalizasse um novo método contraceptivo.<br /><br />Não encontram uma única pessoa, que vote SIM (como eu!) que defenda o aborto como método contraceptivo. O que se pretende é dar condições e fazer um acompanhamento ás mulher que em último recurso recorrem á IVG para que tomem essa decisão me consciência.<br /><br />A liberalização do aborto é o já existe: chama-se vão de escada, uma economia clandestina que desgraça mais do que ajuda.<br /><br />O que se pretende é acabar com esta liberalização forçada, tornar clinicamente seguro um acto que não deve ser pago com a cadeia, como prevê a actual lei.<br /><br />Por isso digo SIM a uma lei que respeite as convicções pessoais, éticas, religiosas e filosóficas de cada um.<br /><br />Digo SIM a uma lei que parta do princípio de as mulheres têm capacidade para decidir em consciência. Haverá sempre mulheres que optarão por levar até ao fim uma gravidez que não planearam; e haverá sempre, também, outras que optarão, em consciência, por não o fazer.<br /><br />Digo SIM à vida – em toda sua plenitude.<br /><br />Deixemos de ser hipócritas, preocupemo-nos com os que sofrem nos dias de hoje os reflexos de uma sociedade intolerante, egoísta e hipócrita!<br /><br />SIM, pela saúde mas mulheres!!!<br />SIM, por uma maternidade e paternidade conscientes!!!<br />SIM, pelo planeamento familiar e pela educação sexual!!!<br />SIM, PELA DESPENALIZAÇÃO DA INTERUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ!!!Anonymousnoreply@blogger.com