Aviso: na biblioteca de Jacinto não se aplicará o novo Acordo Ortográfico.

25 abril 2012

Talvez o 25 de Abril não tenha sido o mesmo para todos.

Talvez tenha havido o 25 de Abril dos Militares
O 25 de Abril dos Comunistas,
O 25 de Abril dos Social Democratas,
Talvez tenha havido o 25 de Abril dos que queriam a descolonização,
E o 25 de Abril dos que preferiam outra solução para as colónias,
Talvez tenha havido o 25 de Abril dos que esperavam rumar ao Socialismo,
E o 25 de Abril dos que ansiavam por uma Democracia ocidental,
Talvez tenha havido o 25 de Abril dos Monárquicos,
E o 25 de Abril dos Trotskistas,
O 25 de Abril dos Maoistas,
O 25 de Abril dos Democratas Cristãos,
O 25 de Abril da Reforma Agrária
E o 25 de Abril dos empresários,
Independentemente do que cada um esperou do 25 de Abril,
Independentemente da forma como cada um o viveu,
E de como cada um viveu o 26, o 27, o 28 de Abril,
Independentemente das ilusões e das desilusões,
Independentemente das esperança e do desespero,
Uma coisa teve aquela manhã,
Uma coisa pura, única, instantânea,
«uma coisa maravilhosa aconteceu»!
Nos meus sete anos,
Nos teus quinze,
Nos trinta, nos cinquenta, nos setenta anos de cada português de boa vontade,
O 25 de Abril representou a Esperança de um Portugal Melhor
E é esse - e nenhum outro! - que eu quero celebrar!

12 abril 2012

Não consigo arranjar um título

Daqui a cem anos a História irá julgar-nos. A todos. Governantes, políticos, financeiros, empresários, jornalistas. Já não estaremos cá e o julgamento será desapaixonado mas impiedoso. Acredito que a maior condenação irá para nós, europeus, povos acomodados, adormecidos, estupidificados, neutralizados no pensamento e na acção, sem nervo, permissivos, condescendentes, submissos, corrompidos, sem moral e sem honra.


As classes dominantes continuam iguais a si próprias, nada a esperar de novo. Os povos, esses, trocaram a honra por um iphone e uma viagem à República Dominicana. Não merecemos outra coisa. Bardam€rd@ para nós!