Aviso: na biblioteca de Jacinto não se aplicará o novo Acordo Ortográfico.

21 novembro 2007

Holding back the years

Simply Red - Holding back the years (1985).

Uma das bandas pop minhas preferidas da década de 80. Embora com bastante sucesso, este grupo irlandês nunca foi um fenómeno de popularidade como os seus compatriotas U2 ou os ingleses Duran Duran. O seu álbum de estreia, em 1985 (esse ano!), ao qual pertence este Holding back the years, esteve nos tops bastante tempo. Hoje, esta canção não é das minhas preferidas pois, entretanto, fizeram mais e melhor; ao contrário da maioria, a banda de Mick Hucknall conseguiu manter um nível constante de qualidade ao longo de mais de 20 anos. A prova de como é possível fazer boa música num registo comercial.



Thinking of the fear I’ve had so long
When somebody hears
Listen to the fear that’s gone
Strangled by the wishes of pater
Hoping for the arms of mater
Get to me the sooner or later

Holding back the years
Chance for me to escape from all I’ve known
Holding back the tears
Cause nothing here has grown
I’ve wasted all my tears
Wasted all those years
And nothing had the chance to be good
Nothing ever could yeah

I’ll keep holding on
I’ll keep holding on
I’ll keep holding on
I’ll keep holding on
So tight

I’ve wasted all my tears
Wasted all of those years
And nothing had the chance to be good
Cause nothing ever could oh yeah

I’ll keep holding on
I’ll keep holding on
I’ll keep holding on
I’ll keep holding on
Holding, holding, holding

That’s all I have today
It’s all I have to say

15 novembro 2007

É hoje! É hoje...

... à meia-noite que sai o último livro do Harry Potter!
Não me interessa o que pensem, eu estou em pulgas! Sou uma néscia, prontes!

14 novembro 2007

Bloggers...?

«Os sábios falam porque têm alguma coisa para dizer. Os néscios falam porque têm de dizer alguma coisa».
(Atribuída a Platão. Mas se non é vero, é bene trovato...)

12 novembro 2007

1985

Por vezes, a propósito desta loucura terrorista, anti-terrorista e terrorista-anti-terrorista que estamos a viver desde o malfadado 11 de Setembro de 2001, lembro-me de uma música que há muito tempo não ouvia. Ouvi-a há dias, na RFM, quando ia para a Biblioteca.
Corria o ano de 1985, ano extraordinário. 1985 foi um daqueles anos raros em que se sentiu a História a acontecer. Tal como sentiram os que viveram o ano de 1939 e todos sentimos em 2001.
Mikhail Gorbachev assumia o puder supremo do Império Soviético e lançava a Perestroika. Nada seria como dantes e nós percebemos isso.
Elton John compunha Nikita, aquela canção deliciosamente banal que andou nos ouvidos e na boca de toda agente. Nikita era aquela moça de olhos transparentes que guardava uma fronteira, mas era também o nome próprio de Krushov... «Oh Nikita you will never know, anything about my home... And if there comes a time Guns and gates no longer hold you in And if you're free to make a choice Just look towards the west and find a friend».
E o Live Aid! Esse concerto único, acompanhado gulosamente pela televisão, em que uma geração de adolescentes que crescia já em liberdade e pouco dada a ideais, teve o seu momento idealista, o seu cheirinho de anos 60, de peace and love, de Woodstock.
Eu, caloira em História, vivia a crise da Livre (a única universidade privada de então) e tentava concentrar-me para as frequências, enquanto os alunos das públicas - principalmente da Clássica - não tinham mais que fazer que manifestações contra o ensino superior privado. Eles, que podiam passar oito ou dez anos nos copos a fingir que faziam o curso porque, nessa época, não o pagavam, ao contrário de nós que pagávamos os nossos e os deles. Adiante, o que lá vai, lá vai...

Esquerda e Direita, Leste e Ocidente, «Progresso» e «Reacção», era essa a dicotomia neste já longínquo ano de 1985. Os russos - essa diabólica ameaça! - invadiam países estrangeiros para lhes imporem governos favoráveis. Nada que aconteça hoje, não senhor.

Realmente, eu fui daqueles que respiraram de alívio, que viram uma luz ao fundo do túnel, que imaginaram um futuro risonho, um longo período de paz e prosperidade para a espécie humana, quando finalmente caísse o Império Soviético.
Enquanto isso, Sting lembrava que os nossos «inimigos» também amam os seus filhos. Mas alguém se lembra disso?...

09 novembro 2007

Exposição de fotografia de Teresa Huertas (2)

Teresa Huertas perdeu a mãe aos dezasseis anos.
Na impossibilidade de lhe tocar hoje, de lhe falar hoje, de a compreender hoje (quem compreendia a sua mãe aos dezasseis anos?), de a fotografar hoje, o diálogo e o reencontro (im)possível entre a mulher adulta e a sua mãe é feito hoje através de fotografias de fotografias e fotografias de objectos. Um maço de cartas de amor, um colar de pérolas, uma fotografia da primeira comunhão. De uma simplicidade e beleza tocantes e de uma sensibilidade comovente, esta exposição (no mais pleno sentido da palavra) além de uma excelente exposição de fotografia (porque as fotografias são mesmo muito boas) é uma interpelação a cada um de nós, visitante, à relação que mantemos com o nosso passado adolescente, as nossas dores de crescimento, os nossos pequenos ressentimentos, tão irrelevantes quando comparados com a riqueza maravilhosa de ainda termos Mãe.

06 novembro 2007

Exposição de fotografia de Teresa Huertas

H. in memoriam

Sala Arendt da Fábrica Braço de Prata
Inauguração a 8 de Novembro (5ª feira) pelas 22 horas. Eu tenciono ir!