RACHMANINOV, Sergei - Concerto n.º 2, 2º movimento
Há coisas que não consigo explicar. Há uns anos atrás, esta música reconciliou-me com Deus (ou com a Inteligência Universal, a Ordem Cósmica ou como lhe queiram chamar).
Quem não admirará os progressos deste século?
9 comentários:
Olá!
Rachmaninov era, ele mesmo, um homem com bastante espiritualidade (vide Liturgia de S. João Crisóstomo).
Esta é, sem dúvida, a mais bonita versão que ouvi até agora do seu 2º Concerto.
Obrigado,
David Sanguinetti
David
Se existe espiritualidade, se existe transcendente, a música é a sua maior expressão. Às vezes penso que a música é a própria transcendência. Eu não acredito em Deus, no Deus das religiões, não acredito em Céu e Inferno, nem em vida para além da morte. Mas sei que existe muito mais no Universo do que aquilo que os nossos escassos cinco sentidos nos permitem perceber. Homens como Rachmaninov, Mozart, Bach ou Palestrina conseguiram atingir esse "não sei quê" e trazê-lo a nós, comuns "bípedes implumes", aprisionados nos nossos mortais sentidos. Benditos sejam!
Obrigada pela sua visita! Volte sempre.
Caro David,
Entendi, pelo seu comentário, que é um apaixonado, como eu, pela obra desse genial compositor que é Rachmaninov. Nesse sentido, permita-me que aconselhe, vivamente, a aquisição do CD do pianista russo Nicolai Lugansky, "Rachmaninov Piano Concertos nos. 2 & 4" da etiqueta Warner Classics. Infelizmente, é preciso importá-lo dos USA. Mas vale mesmo a pena. É fabuloso!!!!. Se quizer, pode "espreitar" o site oficial daquele pianista em http://lugansky.homestead.com onde terá oportunidade de ver vídeos e entrevistas. É um dos grandes interpretes de Rachmaninov da actualidade. Espero que goste
Boa audição.
Margarida R. Ferreira
Obrigada, amiga, esta informação também serve pra mim. Vou seguir o teu conselho.
Já fui ver o site dele. A avaliar pela foto... tem ar de tocar muito bem ;-)
Amiga, da próxima vez que estivermos juntas, posso emprestar-te os CDs que tenho do Lugansky. Já ouvi dizer que será um dos pianistas presentes na edição dos "Dias da Música" deste ano no CCB. Se assim for, é de não perder. De facto ... ele toca mesmo mt bem ;-)
Beijocas,
Guida
Se há algo que posso definir como "o inefável", isso é a "Rapsódia sobre um tema de Paganini", de Rachmaninov. Nada é tão terreno e metafísico ao mesmo tempo.
Acho esta peça insuportável, dolorosa. Quase impossível chegar ao fim. Se tivesse de musicar "A insustentável leveza do Ser", escolheria este andamento. Agradeço-te a escolha.
É, de facto, terrível, revolve o âmago da alma, como se escarafunchasse uma ferida mas, talvez por isso, seja tão marcante. Não poderia atingir o que não existisse.
Enviar um comentário