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09 outubro 2008

Che

No ano passado toda a gente assinalou os 40 anos da morte do Che (14 de Junho de 1928 — 9 de Outubro de 1967). Eu decidi assinalar os 41, só para ser diferente.
Presenteio-vos com uma belíssima versão (não identificada) do eterno Hasta siempre, Comandante, de Carlos Puebla (1917-1989):


Se não conseguirem ouvir, cliquem directamente neste link

HASTA SIEMPRE COMANDANTE CHE GUEVARA

Aprendimos a quererte
Desde la histórica altura
Donde el sol de tu bravura
Le puso un cerco a la muerte.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Tu mano gloriosa y fuerte
Sobre la historia dispara
Cuando todo santa clara
Se despierta para verte.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Vienes quemando la brisa
Con soles de primavera
Para plantar la bandera
Con la luz de tu sonrisa.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Tu amor revolucionario
Te conduce a nueva empresa
Donde esperan la firmeza
De tu brazo libertario.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Seguiremos adelante
Como junto a ti seguimos
Y con Fidel te decimos:
Hasta siempre comandante.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.


Carlos Puebla (1917-1989)

7 comentários:

AA disse...

é sempre chic louvar um crápula assassino

José Quintela Soares disse...

E é sempre deselegante não conseguir vislumbrar para lá do sectarismo....

Anónimo disse...

Fazes muito bem em homenagear o Che guevara. Foi um homem que lutou por ideais e contra regimes de natureza fascista.
Milhões em 1939 apoiaram regimes assassinos como o de Franco e Hitler. Em Portugal centenas de milhar de pessoas defendiam um regime politico contra as liberdades e as democracias, baseadas em policias politicas e na propagação da vigilância e do medo. Não me espanta que ainda existam pessoas que se sintam mais próximas desses regimes do que do Che Guevara.
Ainba bem que existem pessoas que têm a coragem de pegar em armas e não pactuaram com criminosos. Um deles foi Che. É bom saber que houve na história quem tenha tido coragem de lutar pelos outros.

Paula Crespo disse...

Bela versão do eterno "Hasta siempre, comandante!". Mas não creio que seja a Joan Baez a interpretá-la...

MCA disse...

Em primeiro lugar, AA, eu sabia que não ia resistir a comentar :-)
Este post não é exactamente uma homenagem ao Che. É uma figura controversa, romântica, demasiado envolto em lenda para se poder ter dele, ainda hoje, uma visão completamente desapaixonada. Não consigo deixar de ter uma pouco original simpatia pelo Che "mítico". Mas não arrisco defender o Che "histórico", até porque é uma história que está por fazer.
Quanto à música, é uma maravilha, seja qual for o ponto de vista político.

Gaspar Matos disse...

No mínimo - insisto, no mínimo -, vale pela música, Clara, tens toda a razão!

Anónimo disse...

Caro Luís Neves, um comunista criminoso não deixa de ser criminoso por ser comunista. Também houve idealistas corajosos que não hesitaram em pegar em armas para combater os regimes comunistas. Alguns deles até eram... fascistas.