A propósito das falhas tecnológicas durante o Encontro...
«— E tu, que tens feito, Jacinto?
«O meu amigo encolheu molemente os ombros. Vivera - cumprira com serenidade todas as funções, as que pertencem à matéria e as que pertencem ao espírito...
«— E acumulaste civilização, Jacinto! Santo Deus... Está tremendo, o 202!
«Ele espalhou em torno um olhar onde já não faiscava a antiga vivacidade:
«— Sim, há confortos... Mas falta muito! A humanidade ainda está mal apetrechada, Zé Fernandes... E a vida conserva resistências.» (A cidade e as serras)
31 maio 2007
Web 2.0 e a Ciência da Informação (4)
O texto do Adalberto aqui... a que se seguiu o meu:
A Biblioteca de Jacinto
A inspiração
«A biblioteca, que em duas salas, amplas e claras como praças, forrava as paredes, inteiramente, desde os tapetes de Caramânia até ao tecto de onde alternadamente, através de cristais, o sol e a electricidade vertiam uma luz estudiosa e calma - continha vinte e cinco mil volumes, instalados em ébano, magnificamente revestidos de marroquim escarlate. Só sistemas filosóficos (e com justa prudência, para poupar espaço, o bibliotecário apenas coleccionara os que irreconciliavelmente se contradizem) havia mil oitocentos e dezassete!
Uma tarde que eu desejava copiar um ditame de Adam Smith, percorri, buscando este economista ao longo das estantes, oito metros de economia política! Assim se achava formidavelmente abastecido o meu amigo Jacinto de todas as obras essenciais da inteligência - e mesmo da estupidez. E o único inconveniente deste monumental armazém do saber era que todo aquele que lá penetrava inevitavelmente lá adormecia, por causa das poltronas, que providas de finas pranchas móveis para sustentar o livro, o charuto, o lápis das notas, a taça de café, ofereciam ainda uma combinação oscilante e flácida de almofadas, onde o Corpo encontrava logo, para mal do Espírito, a doçura, a profundidade e a paz estirada de um leito.» (A civilização)
A frase lapidar
«Só sistemas filosóficos (e com justa prudência, para poupar espaço, o bibliotecário apenas coleccionara os que irreconciliavelmente se contradizem) havia mil oitocentos e dezassete!»
Está cá tudo: a exaustividade, a pertinência e a especificidade; a gestão de recursos; a imparcialidade.
Mas há mais. Todas as questões actuais associadas às novas tecnologias (da época) e à informação estão presentes no conto e na novela de Jacinto, designadamente aquilo que nós consideramos ser uma característica dos nossos dias como o excesso de informação, a poluição informativa ligada à globalização:
«Subitamente, a um canto, repicou a campainha do telefone. [...]. Nesse instante rompeu de outro canto um «tic-tic-tic» açodado, quase ansioso. Jacinto acudiu, com a face no telefone:
«— Vê aí o telégrafo!... Ao pé do divã. Uma tira de papel que deve estar a correr.
«E, com efeito, de uma redoma de vidro posta numa coluna, e contendo um aparelho esperto e diligente, escorria para o tapete, como uma ténia, a longa tira de papel com caracteres impressos, que eu, homem das serras, apanhei, maravilhado. A linha, traçada em azul, anunciava ao meu amigo Jacinto que a fragata russa Azoff entrara em Marselha com avaria!
«Já ele abandonara o telefone. Desejei saber, inquieto, se o prejudicava directamente aquela avaria da Azoff.
«— Da Azoff?... A avaria? A mim?... Não! É uma notícia.» (A cidade e as serras)
A biblioteca de Jacinto é, assim, no espírito e na forma, o meu imaginário de biblioteca. Fascinou-me logo, desde a primeira vez que li a «Civilização», teria 9 ou 10 anos. Que me desculpem os colegas das bibliotecas públicas, a mim nunca atraíram as estantes coloridas e os pufes. Em criança eu gostava de mistério. Gostava de sítios escuros onde tivesse de entrar pé ante pé, espreitando atrás de cada porta ou de cada estante. Gostava de imaginar que, por detrás de um armário de madeira escura, fazendo deslizar um painel, podia encontrar um túnel secreto. Gostava de palácios e de casas antigas. Adorava o corredor sombrio, em chão de tábua, por detrás do guichet de madeira escura – cujo tampo me dava pelo queixo – da Conservatória do Registo Civil do meu bairro, ao qual (corredor) eu não conseguia ver o fundo: uma Conservatória que me veio imediatamente à memória ao ler «Todos os Nomes», de Saramago.
Passava horas a ler, enfiada no sótão da casa de campo dos meus pais, enquanto o Sol brilhava cá fora e a minha Mãe me chamava «está um dia tão lindo, porque é que não vais lá para fora brincar?».
Mas a biblioteca de Jacinto é, simultaneamente, o contrário do ideal de biblioteca:
«- Oh Jacinto, que estrela é esta, aqui, tão viva, sobre o beiral do telhado?
«- Não sei... E aquela, Zé Fernandes, além, por cima do pinheiral?
«- Não sei.
«Não sabíamos. Eu, por causa da espessa crosta de ignorância com que saí do ventre de Coimbra, minha Mãe espiritual. Ele, porque na sua Biblioteca possuía trezentos e oito tratados sobre Astronomia, e o Saber, assim acumulado, forma um monte que nunca se transpõe nem se desbasta.» (A cidade e as serras)
Se o bibliotecário de Jacinto, com a sua «justa prudência», tentara a gestão óptima do espaço e do saber, esse saber ficara fechado, armazenado, falhara a comunicação.
A biblioteca de Jacinto, «monumental armazém do saber» «formidavelmente abastecido [...] de todas as obras essenciais da inteligência - e mesmo da estupidez» é assim um microcosmos. Tem tudo o que, de bom e de mau, uma biblioteca pode ter e isso torna-a tremendamente real.
Os bibliotecários e os blogues
Tenho-me interrogado – e levantei essa questão no painel do Congresso BAD, em Ponta Delgada – o que leva tantos bibliotecários a terem blogues? Se os sites e páginas pessoais não fascinaram tantos bibliotecários quanto os blogues, qual será a razão? E porquê tantos bibliotecários e tão poucos arquivistas? E o que é que caracteriza os blogues dos bibliotecários, o que os distingue dos outros (se é que algo os distingue)? Haverá uma forma própria de se ser um blogueiro bibliotecário?
Para um bibliotecário, o fenómeno blogue não é uma coisa assim tão nova. Na verdade, é algo muito familiar. Talvez por isso os bibliotecário se sintam tão “em casa” nos blogues.
A edição privada, de carácter "artesanal", existe desde os primeiros tempos da tipografia. A publicação de textos críticos ou de intervenção social, com carácter panfletário, tem, pelo menos, dois séculos. Um óptimo exemplo disso é «As farpas» de Eça de Queirós e Ramalho Ortigão:
«Nesta jornada, longa ou curta, vamos sós. Não levamos bandeira nem clarim. Pelo caminho não leremos A Nação nem o Almanach das Cacholetas. Vamos conversando um pouco, rindo muito. [...] Assim vamos. E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal.»
Este “blogue” avant la lettre durou de 1871 até 1883. Se Eça de Queirós e Ramalho Ortigão tivessem tido acesso à tecnologia actual, teriam, seguramente, publicado as suas Farpas num blogue.
A estrutura cronológica do blogue é um retorno à lógica linear do livro impresso (ou até do rolo) que contraria a ideia difundida há alguns anos, de que a estrutura hipertextual era o futuro e que a lógica linear tinha os dias contados.
Outro aspecto curioso em relação aos blogues tem a ver com a ideia mais ou menos difundida de que vêm substituir alguma coisa. Há uns anos perguntava-se se a imprensa on-line iria substituir a imprensa escrita. Antes perguntava-se se o CD e a Internet iriam substituir os livros. Mas antes disso perguntou-se se o cinema iria substituir o teatro, se a fotografia iria substituir a pintura e, séculos antes, perguntou-se se a tipografia iria substituir a escrita manual. Na antiga Grécia houve quem acreditasse que a escrita iria eliminar a tradição oral. Tudo tem o seu lugar e a sua função. E os bibliotecários sabem disso muito bem.
É certo que a Internet se tornou, nos últimos anos, um meio privilegiado de comunicação e um espaço de liberdade de expressão individual e colectiva. Neste meio, os blogues têm assumido particular relevo, se não pela qualidade (a maioria das vezes, duvidosa) certamente pela sua ampla acessibilidade. Se «não há cão nem gato» que não tenha um blogue, hoje em dia, também é certo que nunca, como neste meio, a selecção se fez tanto pelo lado do "mercado" pois, livres dos constrangimentos comerciais, os blogues estão todos igualmente acessíveis a quem usa a Internet e a sua consulta depende única e exclusivamente do interesse que despertam nos cibernautas.
Acho que subjacente à criação de um blogue há sempre uma certa petulância, mesmo que inconsciente. O que me leva a pensar que tenho alguma coisa de interessante para dizer?!? Seja como meio de escape, seja como oportunidade para conhecer pessoas com interesses afins, seja como espaço de debate e de troca de informações, a criação de um blogue tem sempre uma carga voluntarista muito forte e, algures entre o consciente e o inconsciente, revela sempre uma vontade de espreitar o mundo (por detrás do balcão?...) e de perguntar «Está aí alguém?».
A Biblioteca de Jacinto
A inspiração
«A biblioteca, que em duas salas, amplas e claras como praças, forrava as paredes, inteiramente, desde os tapetes de Caramânia até ao tecto de onde alternadamente, através de cristais, o sol e a electricidade vertiam uma luz estudiosa e calma - continha vinte e cinco mil volumes, instalados em ébano, magnificamente revestidos de marroquim escarlate. Só sistemas filosóficos (e com justa prudência, para poupar espaço, o bibliotecário apenas coleccionara os que irreconciliavelmente se contradizem) havia mil oitocentos e dezassete!
Uma tarde que eu desejava copiar um ditame de Adam Smith, percorri, buscando este economista ao longo das estantes, oito metros de economia política! Assim se achava formidavelmente abastecido o meu amigo Jacinto de todas as obras essenciais da inteligência - e mesmo da estupidez. E o único inconveniente deste monumental armazém do saber era que todo aquele que lá penetrava inevitavelmente lá adormecia, por causa das poltronas, que providas de finas pranchas móveis para sustentar o livro, o charuto, o lápis das notas, a taça de café, ofereciam ainda uma combinação oscilante e flácida de almofadas, onde o Corpo encontrava logo, para mal do Espírito, a doçura, a profundidade e a paz estirada de um leito.» (A civilização)
A frase lapidar
«Só sistemas filosóficos (e com justa prudência, para poupar espaço, o bibliotecário apenas coleccionara os que irreconciliavelmente se contradizem) havia mil oitocentos e dezassete!»
Está cá tudo: a exaustividade, a pertinência e a especificidade; a gestão de recursos; a imparcialidade.
Mas há mais. Todas as questões actuais associadas às novas tecnologias (da época) e à informação estão presentes no conto e na novela de Jacinto, designadamente aquilo que nós consideramos ser uma característica dos nossos dias como o excesso de informação, a poluição informativa ligada à globalização:
«Subitamente, a um canto, repicou a campainha do telefone. [...]. Nesse instante rompeu de outro canto um «tic-tic-tic» açodado, quase ansioso. Jacinto acudiu, com a face no telefone:
«— Vê aí o telégrafo!... Ao pé do divã. Uma tira de papel que deve estar a correr.
«E, com efeito, de uma redoma de vidro posta numa coluna, e contendo um aparelho esperto e diligente, escorria para o tapete, como uma ténia, a longa tira de papel com caracteres impressos, que eu, homem das serras, apanhei, maravilhado. A linha, traçada em azul, anunciava ao meu amigo Jacinto que a fragata russa Azoff entrara em Marselha com avaria!
«Já ele abandonara o telefone. Desejei saber, inquieto, se o prejudicava directamente aquela avaria da Azoff.
«— Da Azoff?... A avaria? A mim?... Não! É uma notícia.» (A cidade e as serras)
A biblioteca de Jacinto é, assim, no espírito e na forma, o meu imaginário de biblioteca. Fascinou-me logo, desde a primeira vez que li a «Civilização», teria 9 ou 10 anos. Que me desculpem os colegas das bibliotecas públicas, a mim nunca atraíram as estantes coloridas e os pufes. Em criança eu gostava de mistério. Gostava de sítios escuros onde tivesse de entrar pé ante pé, espreitando atrás de cada porta ou de cada estante. Gostava de imaginar que, por detrás de um armário de madeira escura, fazendo deslizar um painel, podia encontrar um túnel secreto. Gostava de palácios e de casas antigas. Adorava o corredor sombrio, em chão de tábua, por detrás do guichet de madeira escura – cujo tampo me dava pelo queixo – da Conservatória do Registo Civil do meu bairro, ao qual (corredor) eu não conseguia ver o fundo: uma Conservatória que me veio imediatamente à memória ao ler «Todos os Nomes», de Saramago.
Passava horas a ler, enfiada no sótão da casa de campo dos meus pais, enquanto o Sol brilhava cá fora e a minha Mãe me chamava «está um dia tão lindo, porque é que não vais lá para fora brincar?».
Mas a biblioteca de Jacinto é, simultaneamente, o contrário do ideal de biblioteca:
«- Oh Jacinto, que estrela é esta, aqui, tão viva, sobre o beiral do telhado?
«- Não sei... E aquela, Zé Fernandes, além, por cima do pinheiral?
«- Não sei.
«Não sabíamos. Eu, por causa da espessa crosta de ignorância com que saí do ventre de Coimbra, minha Mãe espiritual. Ele, porque na sua Biblioteca possuía trezentos e oito tratados sobre Astronomia, e o Saber, assim acumulado, forma um monte que nunca se transpõe nem se desbasta.» (A cidade e as serras)
Se o bibliotecário de Jacinto, com a sua «justa prudência», tentara a gestão óptima do espaço e do saber, esse saber ficara fechado, armazenado, falhara a comunicação.
A biblioteca de Jacinto, «monumental armazém do saber» «formidavelmente abastecido [...] de todas as obras essenciais da inteligência - e mesmo da estupidez» é assim um microcosmos. Tem tudo o que, de bom e de mau, uma biblioteca pode ter e isso torna-a tremendamente real.
Os bibliotecários e os blogues
Tenho-me interrogado – e levantei essa questão no painel do Congresso BAD, em Ponta Delgada – o que leva tantos bibliotecários a terem blogues? Se os sites e páginas pessoais não fascinaram tantos bibliotecários quanto os blogues, qual será a razão? E porquê tantos bibliotecários e tão poucos arquivistas? E o que é que caracteriza os blogues dos bibliotecários, o que os distingue dos outros (se é que algo os distingue)? Haverá uma forma própria de se ser um blogueiro bibliotecário?
Para um bibliotecário, o fenómeno blogue não é uma coisa assim tão nova. Na verdade, é algo muito familiar. Talvez por isso os bibliotecário se sintam tão “em casa” nos blogues.
A edição privada, de carácter "artesanal", existe desde os primeiros tempos da tipografia. A publicação de textos críticos ou de intervenção social, com carácter panfletário, tem, pelo menos, dois séculos. Um óptimo exemplo disso é «As farpas» de Eça de Queirós e Ramalho Ortigão:
«Nesta jornada, longa ou curta, vamos sós. Não levamos bandeira nem clarim. Pelo caminho não leremos A Nação nem o Almanach das Cacholetas. Vamos conversando um pouco, rindo muito. [...] Assim vamos. E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal.»
Este “blogue” avant la lettre durou de 1871 até 1883. Se Eça de Queirós e Ramalho Ortigão tivessem tido acesso à tecnologia actual, teriam, seguramente, publicado as suas Farpas num blogue.
A estrutura cronológica do blogue é um retorno à lógica linear do livro impresso (ou até do rolo) que contraria a ideia difundida há alguns anos, de que a estrutura hipertextual era o futuro e que a lógica linear tinha os dias contados.
Outro aspecto curioso em relação aos blogues tem a ver com a ideia mais ou menos difundida de que vêm substituir alguma coisa. Há uns anos perguntava-se se a imprensa on-line iria substituir a imprensa escrita. Antes perguntava-se se o CD e a Internet iriam substituir os livros. Mas antes disso perguntou-se se o cinema iria substituir o teatro, se a fotografia iria substituir a pintura e, séculos antes, perguntou-se se a tipografia iria substituir a escrita manual. Na antiga Grécia houve quem acreditasse que a escrita iria eliminar a tradição oral. Tudo tem o seu lugar e a sua função. E os bibliotecários sabem disso muito bem.
É certo que a Internet se tornou, nos últimos anos, um meio privilegiado de comunicação e um espaço de liberdade de expressão individual e colectiva. Neste meio, os blogues têm assumido particular relevo, se não pela qualidade (a maioria das vezes, duvidosa) certamente pela sua ampla acessibilidade. Se «não há cão nem gato» que não tenha um blogue, hoje em dia, também é certo que nunca, como neste meio, a selecção se fez tanto pelo lado do "mercado" pois, livres dos constrangimentos comerciais, os blogues estão todos igualmente acessíveis a quem usa a Internet e a sua consulta depende única e exclusivamente do interesse que despertam nos cibernautas.
Acho que subjacente à criação de um blogue há sempre uma certa petulância, mesmo que inconsciente. O que me leva a pensar que tenho alguma coisa de interessante para dizer?!? Seja como meio de escape, seja como oportunidade para conhecer pessoas com interesses afins, seja como espaço de debate e de troca de informações, a criação de um blogue tem sempre uma carga voluntarista muito forte e, algures entre o consciente e o inconsciente, revela sempre uma vontade de espreitar o mundo (por detrás do balcão?...) e de perguntar «Está aí alguém?».
30 maio 2007
Paper Music
Criei um novo blogue. Tudo coisas do entusiasmo com que vim de Vila do Conde.
Chama-se Paper Music e é profissional. Sim, este é um blogue de uma bibliotecária sobre bibliotecas... de música.
Web 2.0 e a Ciência da Informação (3)
Parabéns à ESEIG!
O III Encontro "Web 2.0 e a Ciência da Informação" do curso de Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação (CTDI), correu muitíssimo bem, as comunicações foram muito interessantes e a organização impecável. Impressionante a dinâmica e o empenhamento de professores e alunos do curso. Tudo foi feito para tornar o mais agradável possível esta naturalmente cansativa "maratona", desde o transporte de e para Vila do Conde, ao alojamento, passando pelo almoço servido nas instalações da ESEIG. Uma palavra de especial apreço para o Júlio Anjos, que se esteve nisto de corpo e alma. Nada podia ter corrido melhor. Perfeito é a palavra. Muito, muito obrigada por tudo!
O III Encontro "Web 2.0 e a Ciência da Informação" do curso de Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação (CTDI), correu muitíssimo bem, as comunicações foram muito interessantes e a organização impecável. Impressionante a dinâmica e o empenhamento de professores e alunos do curso. Tudo foi feito para tornar o mais agradável possível esta naturalmente cansativa "maratona", desde o transporte de e para Vila do Conde, ao alojamento, passando pelo almoço servido nas instalações da ESEIG. Uma palavra de especial apreço para o Júlio Anjos, que se esteve nisto de corpo e alma. Nada podia ter corrido melhor. Perfeito é a palavra. Muito, muito obrigada por tudo!
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28 maio 2007
Web 2.0 e a Ciência da Informação (2)
Estou de partida para Vila do Conde, para participar no III Encontro do curso de Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação (CTDI) da ESEIG, subordinado ao tema "Web 2.0 e a Ciência da Informação". É amanhã. Lá para as três e tal da tarde vou apresentar o texto do Adalberto Barreto «O blogue pessoal/profissional como escape terapêutico = Silly library blogs worldwide» e vou também dar a minha achega a este tema. Vou falar da Biblioteca de Jacinto, claro, mas também deste mundo dos blogues, do que tem de novo e do que nem por isso. E porque é que nós, os bibliotecários, gostamos tanto de blogues. Porque será?...
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25 maio 2007
23 maio 2007
O meu olhar sobre a ilha de São Miguel (4)
No dia 3 de Abril fomos passear ao acaso por estradas secundárias. Eram seis e vinte cinco da tarde e parece que estava na hora de levar as vaquinhas à ordenha. Encontrámos a estrada bloqueada por uma manada. As vaquinhas à nossa frente, a gente atrás, o Jorge dentro do carro e eu do lado de fora, a fotografar sofregamente. «Eis senão quando, caso nunca visto!» percebo que as vaquinhas se tinham enganado no caminho. Vai um vaqueiro à frente, mais outro atrás, a fazê-las voltar. Uma manada de vacas leiteiras a fazer inversão de marcha num caminho estreito! Num minuto deixámos de ir atrás das vacas para termos as vacas a correr para nós. Toca de fazer marcha atrás em tempo recorde, que elas vêm ai!!! E eu a fotografar, a fotografar, a fotografar...
Ah, e foi neste dia que eu fiquei a perceber porque é que estes vaqueiros usam galochas...
Ah, e foi neste dia que eu fiquei a perceber porque é que estes vaqueiros usam galochas...
22 maio 2007
O meu olhar sobre a ilha de São Miguel (3)
Sete Cidades. Este foi um encontro inesperado. Já a tinhamos visto do outro lado (lá ao fundo) e reencontrámo-la, dois dias depois, ao cimo de uma estrada que eu não sabia onde ia dar (não ia a acompanhar no mapa...). Esplendoroso!
2-05-2007, 17:26
21 maio 2007
O meu olhar sobre a ilha de São Miguel (2)
Adeus, Viseu, até ao meu regresso!
Aqui, n'A biblioteca de Jacinto, não há pressas. Tudo se faz muuuuito devagar...
Por isso, um dia destes, sem pressas, hei-de mostrar umas imagens do concerto do Grupo Vocal Arsis, em Viseu. Preciso de passar as imagens, seleccioná-las e decidir qual ou quais ponho aqui à vista de todos.
Até lá, saibam apenas que correu muito bem, o público aderiu, os jovens actores que nos acompanharam nos papéis de Camilo Castelo-Branco e Ana Plácido, fizeram um belíssimo trabalho e foi uma noite muito agradável no Museu Grão Vasco. O meu mais sincero agradecimento à Direcção do Museu que nos acolheu com simpatia e verdadeiro luxo, no "cinco estrelas" Montebelo e no restaurante Cortiço onde nos serviram um maravilhoso menu com especialidades regionais.
Vontade de regressar a Lisboa, essa é que mais faltou...
Por isso, um dia destes, sem pressas, hei-de mostrar umas imagens do concerto do Grupo Vocal Arsis, em Viseu. Preciso de passar as imagens, seleccioná-las e decidir qual ou quais ponho aqui à vista de todos.
Até lá, saibam apenas que correu muito bem, o público aderiu, os jovens actores que nos acompanharam nos papéis de Camilo Castelo-Branco e Ana Plácido, fizeram um belíssimo trabalho e foi uma noite muito agradável no Museu Grão Vasco. O meu mais sincero agradecimento à Direcção do Museu que nos acolheu com simpatia e verdadeiro luxo, no "cinco estrelas" Montebelo e no restaurante Cortiço onde nos serviram um maravilhoso menu com especialidades regionais.
Vontade de regressar a Lisboa, essa é que mais faltou...
18 maio 2007
Concerto Arsis no Museu Grão Vasco
17 maio 2007
O meu olhar sobre a ilha de São Miguel
16 maio 2007
15 maio 2007
You take my breath away
Uma das mais pungentes, mais sentidas, mais emotivas canções de amor alguma vez escritas. You can reduce me to tears with a single sigh. Porque o amor, o amor mesmo, é simples...
Look into my eyes and you'll see
I'm the only one
You've captured my love
Stolen my heart
Changed my life
Every time you make a move you destroy my mind
And the way you touch
I lose control and shiver deep inside
You take my breath away
You can reduce me to tears with a single sigh
Ev'ry breath that you take
Any sound that you make
Is a whisper in my ear
I could give up all my life for just one kiss
I would surely die if you dismiss me from your love
You take my breath away
So please don't go
Don't leave me here all by myself
I get ever so lonely from time to time
I will find you
Anywhere you go
I'll be right behind you
Right until the ends of the earth
I'll get no sleep until I find you
To tell you that you just take my breath away
I will find you anywhere you go
Right until the ends of the earth
I'll get no sleep until I find you
To tell you when I've found you
I love you
14 maio 2007
Modernices de linguagem: Suposto
Mais uma modernice de linguagem, decalcadinha do inglês: «O que é que eu sou suposto fazer?» em vez de «O que é suposto que eu faça?» ou, melhor ainda, em portuguesinho mais chão «O que é que querem que eu faça?».
11 maio 2007
O amor
Aos meus Pais, que fazem hoje 49 anos de casados.
«O amor é sofredor,
«É benigno;
«O amor não é invejoso;
«O amor não trata com leviandade,
«Não se ensoberbece.
«Não se porta com indecência,
«Não busca os seus interesses,
«Não se irrita,
«Não suspeita mal;
«Não folga com a injustiça,
«Mas folga com a verdade;
«Tudo sofre,
«Tudo crê,
«Tudo espera,
«Tudo suporta.
«O amor nunca falha.»
(S. Paulo)
«O amor é sofredor,
«É benigno;
«O amor não é invejoso;
«O amor não trata com leviandade,
«Não se ensoberbece.
«Não se porta com indecência,
«Não busca os seus interesses,
«Não se irrita,
«Não suspeita mal;
«Não folga com a injustiça,
«Mas folga com a verdade;
«Tudo sofre,
«Tudo crê,
«Tudo espera,
«Tudo suporta.
«O amor nunca falha.»
(S. Paulo)
10 maio 2007
Bücherverbrennung
10 de Maio devia ser dia de luto para quem ama os livros. Foi neste dia do ano de 1933 que começou a Bücherverbrennung uma queima de livros organizada pelos Nazis para destruir na praça pública livros (a maioria pertencentes a bibliotecas públicas) de autores considerados undeutsch, ou seja, não alemães. Estas acções tiveram a participação activa e entusiasta de associações de estudantes e outros populares.
08 maio 2007
Madeleine
O país está em alvoroço por causa do misterioso desaparecimento de uma menina inglesa num condomínio de férias no Algarve. Quem lê os jornais online, quer os portugueses, quer os britânicos, vê também os comentários que os seus leitores, sempre muito opinativos, fazem a este acontecimento e às suas circunstâncias. Como em casa onde não há pão, onde todos ralham e ninguém tem razão.
A minha opinião é que os pais da menina falharam redondamente nas suas responsabilidades. Além do risco de acidentes não provocados como uma fuga de gás, um curto-circuito ou uma inundação, é de elementar bom senso não deixar três crianças pequenas sozinhas em casa, numa idade em que já conseguem correr pela casa - e uma casa desconhecida é sempre uma aventura de exploração - mas ainda não têm a noção dos riscos inerentes a uns dedinhos na ficha eléctrica, a uma frigideira em cima da bancada, a uma queda de um banco ou - tão comum nestas idades - um pequeno objecto levado à boca. Já para não falar do raptor que entra pela janela, em que normalmente ninguém pensa. Para um português isto é óbvio. Mas também compreendo que o comportamento destes pais é considerado normal na Europa setentrional. As crianças são entregues a si mesmas desde tenra idade para se tornarem independentes desde cedo. Aqueles pais fazem com os seus filhos o mesmo que os seus próprios pais fizeram com eles e os avós com os seus pais. Não têm a noção de terem negligenciado as crianças. Podemos pôr em causa a mentalidade que está subjacente a este comportamento e é essa mentalidade que eu ponho em causa, não este comportamento em particular.
Outra questão são as críticas à actuação da Polícia Judiciária (aliás, aproveitadas pela imprensa britânica) que não considero justas. Parece que toda a gente sabe como a polícia deveria actuar. Toda a gente menos a polícia, claro. De treinadores de bancada, os portugueses passaram, nos últimos dias, a detectives de sofá. Eu tenho por hábito e por princípio, confiar nos profissionais. Em todos os profissionais. Parto sempre do princípio de que, se uma pessoa recebeu formação para exercer uma determinada profissão e se a exerce não sou eu que vou dizer, precipitadamente, que essa pessoa não sabe o que está a fazer. Isto não invalida que, numa avaliação distanciada, se possa vir a perceber que houve erros e que determinado profissional não agiu correctamente, ou seja, de acordo com o que deveria ser o seu procedimento enquanto profissional. Mas essa avaliação deve ser feita a posteriori e deve ser feita por outros profissionais. Seja como for, as críticas têm sido apontadas a toda a actuação da própria Polícia Judiciária o que é gratuito. Alguém acha realmente que a PJ está a dizer tudo? E alguém acha isso desejável? Quem nos garante que as informações avançadas pela imprensa relativas a zonas vigiadas e a métodos utilizados correspondem à realidade? Isso, sim, seria de uma ingenuidade amadora. Não tenho a mínima dúvida de que a Polícia sabe mais do que declara, faz mais do que conta e usa métodos que não revela. E os detectives do sofá deveriam, no mínimo, estar calados porque deve ser terrivelmente desanimador para os profissionais da Polícia estarem a dar o seu melhor (há quantas noites não dormem nem comem decentemente?) e a ouvir as criticazinhas mordazes e mesquinhas de quem só sabe dizer mal. Sinto muitas vezes que alguns portugueses preferem que as coisas corram mal só para depois dizerem que tinham razão. Vejo isso no futebol, vejo isso na política, vejo isso quando há incêndios e desastres naturais e, por incrível que pareça, vejo isso agora, quando está em risco a segurança e a vida de uma criança. Também esta é uma questão de mentalidade e é um aspecto da mentalidade portuguesa que me desgosta particularmente.
A minha opinião é que os pais da menina falharam redondamente nas suas responsabilidades. Além do risco de acidentes não provocados como uma fuga de gás, um curto-circuito ou uma inundação, é de elementar bom senso não deixar três crianças pequenas sozinhas em casa, numa idade em que já conseguem correr pela casa - e uma casa desconhecida é sempre uma aventura de exploração - mas ainda não têm a noção dos riscos inerentes a uns dedinhos na ficha eléctrica, a uma frigideira em cima da bancada, a uma queda de um banco ou - tão comum nestas idades - um pequeno objecto levado à boca. Já para não falar do raptor que entra pela janela, em que normalmente ninguém pensa. Para um português isto é óbvio. Mas também compreendo que o comportamento destes pais é considerado normal na Europa setentrional. As crianças são entregues a si mesmas desde tenra idade para se tornarem independentes desde cedo. Aqueles pais fazem com os seus filhos o mesmo que os seus próprios pais fizeram com eles e os avós com os seus pais. Não têm a noção de terem negligenciado as crianças. Podemos pôr em causa a mentalidade que está subjacente a este comportamento e é essa mentalidade que eu ponho em causa, não este comportamento em particular.
Outra questão são as críticas à actuação da Polícia Judiciária (aliás, aproveitadas pela imprensa britânica) que não considero justas. Parece que toda a gente sabe como a polícia deveria actuar. Toda a gente menos a polícia, claro. De treinadores de bancada, os portugueses passaram, nos últimos dias, a detectives de sofá. Eu tenho por hábito e por princípio, confiar nos profissionais. Em todos os profissionais. Parto sempre do princípio de que, se uma pessoa recebeu formação para exercer uma determinada profissão e se a exerce não sou eu que vou dizer, precipitadamente, que essa pessoa não sabe o que está a fazer. Isto não invalida que, numa avaliação distanciada, se possa vir a perceber que houve erros e que determinado profissional não agiu correctamente, ou seja, de acordo com o que deveria ser o seu procedimento enquanto profissional. Mas essa avaliação deve ser feita a posteriori e deve ser feita por outros profissionais. Seja como for, as críticas têm sido apontadas a toda a actuação da própria Polícia Judiciária o que é gratuito. Alguém acha realmente que a PJ está a dizer tudo? E alguém acha isso desejável? Quem nos garante que as informações avançadas pela imprensa relativas a zonas vigiadas e a métodos utilizados correspondem à realidade? Isso, sim, seria de uma ingenuidade amadora. Não tenho a mínima dúvida de que a Polícia sabe mais do que declara, faz mais do que conta e usa métodos que não revela. E os detectives do sofá deveriam, no mínimo, estar calados porque deve ser terrivelmente desanimador para os profissionais da Polícia estarem a dar o seu melhor (há quantas noites não dormem nem comem decentemente?) e a ouvir as criticazinhas mordazes e mesquinhas de quem só sabe dizer mal. Sinto muitas vezes que alguns portugueses preferem que as coisas corram mal só para depois dizerem que tinham razão. Vejo isso no futebol, vejo isso na política, vejo isso quando há incêndios e desastres naturais e, por incrível que pareça, vejo isso agora, quando está em risco a segurança e a vida de uma criança. Também esta é uma questão de mentalidade e é um aspecto da mentalidade portuguesa que me desgosta particularmente.
Educação à inglesa
«Vilaça, sem óculos, um pouco arrepiado, passava a ponta da toalha molhada pelo pescoço, por trás da orelha, e ia dizendo: - Então, o nosso Carlinhos não gosta de esperar, hein? Já se sabe, é ele quem governa... mimos e mais mimos, naturalmente... Mas o Teixeira muito grave, muito serio, desiludiu o sr. administrador. Mimos e mais mimos, dizia S. S.ª? Coitadinho dele, que tinha sido educado com uma vara de ferro! Se ele fosse a contar ao sr. Vilaça! Não tinha a criança cinco anos já dormia num quarto só, sem lamparina; e todas as manhãs, zás, para dentro de uma tina de água fria, às vezes a gear lá fora... E outras barbaridades. Se não se soubesse a grande paixão do avô pela criança, havia de se dizer que a queria morta. Deus lhe perdoe, ele, Teixeira, chegara a pensá-lo... Mas não, parece que era sistema inglês! Deixava-o correr, cair, trepar às arvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho de caseiro. E depois o rigor com as comidas! Só a certas horas e de certas coisas... E às vezes a criancinha, com os olhos abertos, a aguar! Muita, muita dureza.» (In: Eça de Queirós - Os Maias)
07 maio 2007
Der Vogelfänger Bin Ich Ja
Apesar de os cantores de ópera não se quererem bonitos mas sim bons cantores, a coisa fica sempre mais credível quando o embrulho coincide com a prenda. Lembro-me sempre de uma ida a São Carlos, para ouvir (sim, fiquei cá em cima e não vi quase nada, só ouvi) a Turandot. O rapaz da fita passa todo o primeiro acto a elogiar a beleza estonteante da princesa Turandot pela qual está disposto a arriscar o pescoço. A dita princesa, de dotes físicos inigualáveis, só aparece à boca de cena no segundo acto: aquilo não era uma mulher, aquilo era um planeta, um autêntico Saturno, com anéis e tudo, que rodava, oscilava e trasladava pelo palco, seguida pelo seu satélite/admirador literalmente cego de paixão.
É raro as pobres sopranos, que são fatalmente a rapariga da fita, terem dotes físicos dignos das personagens que encarnam e o mesmo sucede com os tenores. Talvez por isso, eu costume gostar muito mais das personagens masculinas secundárias, isto no que diz respeito aos atributos não vocais, claro. Por alguma razão que eu não consigo desvendar, os barítonos são quase sempre mais giros que os tenores. Além de uma voz de barítono ser mesmo sempre mais sensual. Quando uma personagem simpática é interpretada por uma boa figura dotada de uma das mais belas vozes de barítono, não há como hesitar: Papageno é Hermann Prey. Para mim, O Papageno. The one.
MOZART, W. A. - Die zauberflöte. Ária «Der Vogelfänger Bin Ich Ja»
É raro as pobres sopranos, que são fatalmente a rapariga da fita, terem dotes físicos dignos das personagens que encarnam e o mesmo sucede com os tenores. Talvez por isso, eu costume gostar muito mais das personagens masculinas secundárias, isto no que diz respeito aos atributos não vocais, claro. Por alguma razão que eu não consigo desvendar, os barítonos são quase sempre mais giros que os tenores. Além de uma voz de barítono ser mesmo sempre mais sensual. Quando uma personagem simpática é interpretada por uma boa figura dotada de uma das mais belas vozes de barítono, não há como hesitar: Papageno é Hermann Prey. Para mim, O Papageno. The one.
MOZART, W. A. - Die zauberflöte. Ária «Der Vogelfänger Bin Ich Ja»
04 maio 2007
Web 2.0 e a Ciência da Informação
«O III Encontro do curso de Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação (CTDI) da ESEIG (Vila do Conde), subordinado ao tema "Web 2.0 e a Ciência da Informação", pretende dar continuidade a uma iniciativa organizada, pela primeira vez, em 2005, tendo, então, assumido uma periodicidade anual.
«O êxito das edições anteriores deste evento reforçou a vontade de prosseguirmos com o objectivo então traçado: a partilha de saberes e experiências diversificadas, no âmbito das Ciências e Tecnologias da Informação, de modo a proporcionar o debate, a difusão e o desenvolvimento do conhecimento na matéria.
«Os Encontros têm como público alvo os actuais e futuros Profissionais da Informação bem como gestores de empresas.
«O Tema deste III Encontro, Web 2.0, é encarado por nós como verdadeiramente actual e pertinente pois vem realçar ainda mais a importância da Ciência da Informação, neste mundo em que o cidadão comum, ao invés de mero consumidor, se torna actor não só na produção de informação, como na sua distribuição e relevância, por virtude de novas aplicações e da, cada vez maior, ubiquidade de mecanismos e locais de acesso. Assim, qualquer cidadão pode ser também produtor com uma facilidade até agora nunca vista.
«A emergência do paradigma do "utilizador como conteúdo" é apenas uma das revoluções criadas pela adopção destas ferramentas a nível global: muitos outros novos desafios se colocam aos Profissionais da Informação, seja na projecção dos seus serviços na blogosfera, seja na avaliação da qualidade da informação agora disponível, seja na sempre crescente necessidade de dotar o cidadão das competências necessárias para aferir a relevância, autoridade e qualidade da informação recuperada.
«Por outro lado, as novas esferas de comunicação humana, desde a blogosfera aos mundos virtuais, passando pelas comunidades online, apresentam desafios aos Profissionais da Informação que, apesar de estarem perfeitamente contemplados nos referenciais de competências com que foram dotados no seu percurso académico, urge revisitar: Qual o nosso papel na web 2.0? Como acrescentar-lhe valor? Como expressar a nossa relevância? Como avaliar o valor? Como tornar os nossos serviços relevantes para os utilizadores nativos digitais? Como adaptar a docência da Ciência da Informação e mesmo a produção científica Web 2.0?
«Se não para responder a tudo isto, pelo menos para fazer novas perguntas, convidamos pois, todos os interessados, a estarem connosco no dia 29 de Maio.
«Para o curso de CTDI, Web 2.0 significa "a Web somos nós!".»
Quanto à bibliotecária da Biblioteca de Jacinto - Moi - vai ter uma modesta (mas divertida, espero) participação. Ainda não escrevi nada (se calhar vai de improviso) mas vou falar sobre a minha experiência n'A biblioteca de Jacinto, como o facto de ser bibliotecária profissional influencia a minha atitude enquanto blogger e também da minha participação em redes sociais (Bibliotecários 2.0, Librarians, Library 2.0) e da rede Paper Music, que criei para pôr em contacto bibliotecários e arquivistas de música em todo o mundo bem como todas aquelas pessoas que, não sendo bibliotecários nem arquivistas profissionais, trabalham com documentação e com património musical e têm experièncias a trocar.
«O êxito das edições anteriores deste evento reforçou a vontade de prosseguirmos com o objectivo então traçado: a partilha de saberes e experiências diversificadas, no âmbito das Ciências e Tecnologias da Informação, de modo a proporcionar o debate, a difusão e o desenvolvimento do conhecimento na matéria.
«Os Encontros têm como público alvo os actuais e futuros Profissionais da Informação bem como gestores de empresas.
«O Tema deste III Encontro, Web 2.0, é encarado por nós como verdadeiramente actual e pertinente pois vem realçar ainda mais a importância da Ciência da Informação, neste mundo em que o cidadão comum, ao invés de mero consumidor, se torna actor não só na produção de informação, como na sua distribuição e relevância, por virtude de novas aplicações e da, cada vez maior, ubiquidade de mecanismos e locais de acesso. Assim, qualquer cidadão pode ser também produtor com uma facilidade até agora nunca vista.
«A emergência do paradigma do "utilizador como conteúdo" é apenas uma das revoluções criadas pela adopção destas ferramentas a nível global: muitos outros novos desafios se colocam aos Profissionais da Informação, seja na projecção dos seus serviços na blogosfera, seja na avaliação da qualidade da informação agora disponível, seja na sempre crescente necessidade de dotar o cidadão das competências necessárias para aferir a relevância, autoridade e qualidade da informação recuperada.
«Por outro lado, as novas esferas de comunicação humana, desde a blogosfera aos mundos virtuais, passando pelas comunidades online, apresentam desafios aos Profissionais da Informação que, apesar de estarem perfeitamente contemplados nos referenciais de competências com que foram dotados no seu percurso académico, urge revisitar: Qual o nosso papel na web 2.0? Como acrescentar-lhe valor? Como expressar a nossa relevância? Como avaliar o valor? Como tornar os nossos serviços relevantes para os utilizadores nativos digitais? Como adaptar a docência da Ciência da Informação e mesmo a produção científica Web 2.0?
«Se não para responder a tudo isto, pelo menos para fazer novas perguntas, convidamos pois, todos os interessados, a estarem connosco no dia 29 de Maio.
«Para o curso de CTDI, Web 2.0 significa "a Web somos nós!".»
Quanto à bibliotecária da Biblioteca de Jacinto - Moi - vai ter uma modesta (mas divertida, espero) participação. Ainda não escrevi nada (se calhar vai de improviso) mas vou falar sobre a minha experiência n'A biblioteca de Jacinto, como o facto de ser bibliotecária profissional influencia a minha atitude enquanto blogger e também da minha participação em redes sociais (Bibliotecários 2.0, Librarians, Library 2.0) e da rede Paper Music, que criei para pôr em contacto bibliotecários e arquivistas de música em todo o mundo bem como todas aquelas pessoas que, não sendo bibliotecários nem arquivistas profissionais, trabalham com documentação e com património musical e têm experièncias a trocar.
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03 maio 2007
Planet Earth
Voltando à banda sonora da minha vida. O que eu gostava destes rapazes de anquinhas! 1979 ou 1980, salvo erro, tinha eu 12 ou 13 anos.
Duran Duran - Planet Earth
Only came outside to watch the night fall with the rain
I heard you making patterns rhyme
Like some new romantic looking for the tv sound
You'll see I'm right some other time
Look now, look all around, there's no sign of life
Voices, another sound, can you hear me now?
This is planet earth, you're looking at planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop this is planet earth
My head is stuck on something precious
Let me know if you're coming down to land
Is there anybody out there trying to get through?
My eyes are so cloudy I can't see you
Look now, look all around, there's no sign of life
Voices, another sound, can you hear me now?
Is is planet earth, you're looking at planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop
This is planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop
This calling planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop
This looking at planet earth
Bop bop bop bop bop bop bop bop
This is planet earth
02 maio 2007
Ars integrata
Está na rede, desde 20 de Abril, o blogue Ars integrata. Trata-se de «um projecto aberto assente na criação e fruição artística multidisciplinar, aberto a criadores, investigadores e ao público em geral interessado nas suas diversas áreas, livre de preconceitos de género ou estilísticos».
Para os seus mentores, os votos de muito sucesso cibernáutico.
Para os seus mentores, os votos de muito sucesso cibernáutico.
"A cidade e as Serras" em teatro de papel
Recebi e divulgo, da Fundação Eça de Queirós:
"A Cidade as Serras" de Eça de Queiroz, adaptada para teatro de papel: sensibilização para uma prática de consumo responsável.
«Trata-se de uma apresentação cénica da obra "A Cidade e as Serras" de Eça de Queiroz, em teatro de papel - actividade que conheceu grande popularidade na segunda metade do sec XIX. Constitui-se, até ao momento, como uma importante acção no âmbito da educação para a cidadania, desenvolvida no programa de visita de estudo ao espaço museológico da Fundação Eça de Queiroz – Casa de Tormes. Agora possível a sua deslocação e realização noutros espaços: pequenos auditórios e salas de aula.
«A peça inicia com o Jacinto, personagem principal da obra, em Paris, enquanto consumidor desenfreado, sempre pronto a adquirir as últimas produções tecnológicas, sendo que, Tormes, é o lugar onde este descobre a sua verdadeira felicidade - uma proximidade com a natureza e um refrear do seu consumo compulsivo. No final, a visita aos bastidores deste particular teatro, e a motivação do público para a criação em teatro de papel – estratégia entusiasmante, no trabalho com grupos infantis e juvenis, visando a promoção da leitura e o desenvolvimento da compreensão leitora, a par do gosto pela encenação teatral.»
Criação e encenação: Nuno José Silva e Vasco Monterroso
Dramaturgia, sonoplastia e interpretação: Vasco Monterroso
Cenografia e adereços: Nuno José Silva
Marionetas : Graça Sanches, Vasco Monterroso e Filipa Figueiredo
Produção: Fundação Eça de Queiroz – Serviço Educativo
Escolas, bibliotecas e diferentes serviços educativos interessados em desenvolver esta acção, poderão contactar o Serviço Educativo da Fundação Eça de Queiroz (Tormes. Baião. 4640-433 Santa Cruz do Douro. info@feq.pt).
Também poderão aceder ao vídeo promocional aqui.
"A Cidade as Serras" de Eça de Queiroz, adaptada para teatro de papel: sensibilização para uma prática de consumo responsável.
«Trata-se de uma apresentação cénica da obra "A Cidade e as Serras" de Eça de Queiroz, em teatro de papel - actividade que conheceu grande popularidade na segunda metade do sec XIX. Constitui-se, até ao momento, como uma importante acção no âmbito da educação para a cidadania, desenvolvida no programa de visita de estudo ao espaço museológico da Fundação Eça de Queiroz – Casa de Tormes. Agora possível a sua deslocação e realização noutros espaços: pequenos auditórios e salas de aula.
«A peça inicia com o Jacinto, personagem principal da obra, em Paris, enquanto consumidor desenfreado, sempre pronto a adquirir as últimas produções tecnológicas, sendo que, Tormes, é o lugar onde este descobre a sua verdadeira felicidade - uma proximidade com a natureza e um refrear do seu consumo compulsivo. No final, a visita aos bastidores deste particular teatro, e a motivação do público para a criação em teatro de papel – estratégia entusiasmante, no trabalho com grupos infantis e juvenis, visando a promoção da leitura e o desenvolvimento da compreensão leitora, a par do gosto pela encenação teatral.»
Criação e encenação: Nuno José Silva e Vasco Monterroso
Dramaturgia, sonoplastia e interpretação: Vasco Monterroso
Cenografia e adereços: Nuno José Silva
Marionetas : Graça Sanches, Vasco Monterroso e Filipa Figueiredo
Produção: Fundação Eça de Queiroz – Serviço Educativo
Escolas, bibliotecas e diferentes serviços educativos interessados em desenvolver esta acção, poderão contactar o Serviço Educativo da Fundação Eça de Queiroz (Tormes. Baião. 4640-433 Santa Cruz do Douro. info@feq.pt).
Também poderão aceder ao vídeo promocional aqui.
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