Aviso: na biblioteca de Jacinto não se aplicará o novo Acordo Ortográfico.

19 março 2016

Ala dos Namorados - Águas-Furtadas

Duas lágrimas deixadas na hora da despedida
São duas águas-furtadas num céu onde não há escadas,
O último andar da vida.

Quem lá sobe diz que alcança tudo o que a vida lhe deu,
Tudo o que deixou de herança, desde os sonhos de criança,
São janelinhas no céu.

Ninguém parte em boa hora, tu partiste adiantado,
Deixaste a chave onde mora a saudade, foste embora,
Deixaste ficar o fado.

Naquelas águas-furtadas onde a vista não tem fim,
São as últimas moradas, subiste sem ter escadas,
E o fado leva-me a mim.

Ninguém parte em boa hora, tu partiste adiantado,
Deixaste a chave onde mora a saudade, foste embora,
Deixaste ficar o fado.

Aquelas águas-furtadas onde a vista não tem fim
São as últimas moradas. Tu subiste sem ter escadas
E o fado leva-me a mim.

(Ala dos Namorados. Letra de João Monge, música de Manuel Paulo)


05 março 2016

Moedas

«Entre os homens nada se criou se tão funesto como as moedas. Elas destroem as cidades; afastam da pátria os cidadãos; encarregam-se de perder a gente de bons princípios, ao ensinarem-lhe a entregarem-se, comodamente, à vileza; tanto para o bem como para o mal, dispõem dos homens e fazem-nos conhecer a impiedade; e a tudo o mais se atrevem. [...] Da ganância que gera actos vergonhosos, poucos se salvam; mas, como deveis saber, muitos mais, por ela, são castigados».
(Sófocles - Antígona)