«Ai, adeus, acabaram-se os dias Que ditoso vivi a teu lado...»
(Queirós, Eça de - O primo Basílio)
Não sei se foi publicada a música (de Pedro Gastão Mesenier) escrita para este poema de Soares de Passos. Mas deve ter sido. Se não, como a conheceria a pobre e malfadada Luísinha para a tocar enquanto pensava no vilão do primo, lá longe? Não deve ter tido acesso (ou o Eça por ela) às seis folhas manuscritas que existem hoje na Biblioteca Nacional, com a cota M.M. 189//6. Essas estavam em casa do nosso querido Ernesto Vieira. A menos que o Eça fosse amigo do Vieira...
Não sei se foi publicada a música (de Pedro Gastão Mesenier) escrita para este poema de Soares de Passos. Mas deve ter sido. Se não, como a conheceria a pobre e malfadada Luísinha para a tocar enquanto pensava no vilão do primo, lá longe? Não deve ter tido acesso (ou o Eça por ela) às seis folhas manuscritas que existem hoje na Biblioteca Nacional, com a cota M.M. 189//6. Essas estavam em casa do nosso querido Ernesto Vieira. A menos que o Eça fosse amigo do Vieira...
2 comentários:
Como já falamos, é pouco provável que tivesse sido publicada. Até à invenção da fotocópia a circulação da música fez-se essencialmente através de cópias manuscritas e, tratando-se de um autor pouco conhecido ou de um amador como é o caso, seria mesmo exclusivamente deste modo. Quanto ao Ernesto Vieira ser amigo do Eça, não me espantaria. O meio cultural em Lisboa ainda hoje é pequeno, quanto mais no final do séc. XIX. Acredito que mesmo não sendo amigos se conheciam uma vez que tinham pelo menos um amigo comum, o Augusto Machado. De qualquer modo, não sabemos como é que o manuscrito foi para às mãos do Ernesto Vieira, ele era um coleccionador compulsivo, comprava muitos manuscritos e também lhos ofereciam.
Obrigada, Sílvia. Volta sempre!
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