Já não era sem tempo, tenho tanta coisa para escrever e mostrar que nem sei por onde começar. Quero escrever muito profissionalmente sobre o Congresso, quero escrever muito apaixonadamente sobre a ilha de São Miguel, quero escrever muito pessoalmente sobre os meus colegas virtuais da blogosfera que conheci no Congresso. E é difícil escrever sobre tudo isto num único post sem ficar uma grande sopa.
Em vez de seguir uma ordem cronológica (ou qualquer outra lógica) vou seguir a ordem que me ditar o correr das teclas.
Começo pelos meus colegas dos blogues, que tive o enorme prazer de conhecer. É uma sensação estranha (na medida em que não me é familiar) esta de conhecer ao vivo pessoas que já conhecia dos blogues, algumas com quem já contactava há meses. De repente, estávamos todos a tratar-nos por tu, com a maior naturalidade, como se nos conhecêssemos há imenso tempo. Podia ter dado mau resultado, podiam ser uns chatos, podia faltar a conversa ao fim de cinco minutos... mas não! A conversa fluiu com naturalidade, os encontros no Alcides (o restaurante oficioso dos bibliotecários e arquivistas, em Ponta Delgada) sucederam-se até ao fim do Congresso e a promessa de novos encontros ficou, já com data marcada.
Nasceu ali qualquer coisa e essa é uma sensação muito agradável. Talvez um dia (presunção e água benta, cada qual toma a que quer...) se venha a dizer que ali se fez história. O tempo o dirá.
O Congresso propriamente dito foi um pouco diferente dos outros em que estive. Menos «pesos-pesados» (quem esteve no painel dos blogues percebe o que quero dizer) do que é costume, muita gente nova - fiquei particularmente feliz de ver ex-alunos meus - muita gente dos Açores e um ambiente bastante descontraído. A própria localização do Congresso contribuíu para este ambiente pois quase todos os participantes estavam "deslocados" e muito longe de casa, o que não aconteceu no Porto e em Cascais.
Como tive duas participações (uma numa comunicação e outra no painel de blogues) acabei por assistir a menos comunicações do que desejaria. Gostaria especialmente de ter assistido às comunicações relativas ao perfil profissional que, ouvi dizer, foram bastante participadas. É um tema que me interessa pessoalmente e que acabei por também abordar - embora sem profundidade - na minha parte da comunicação que apresentei (em co-autoria com as minhas colegas do CEM).
Os Açores. Não sei quem disse «Pelos Açores perco-me de amores». Eu perdi-me de amores pelos Açores. Os açorianos são de uma gentileza extraordinária. São educados sem serem artificiais. São atenciosos sem serem servis. Têm o sorriso fácil sem serem patetas. São brincalhões sem serem inconvenientes. São doces sem serem melados. Têm a inocência encantadora dos alentejanos, têm a alegria dos minhotos, o amor-próprio dos transmontanos. E não me refiro aos açorianos que estavam no Congresso, refiro-me aos que conheci fora do Congresso, no hotel, nas lojas, nos restaurantes, o vaqueiro a quem pedi leite da vaquinha, acabado de mugir.
Quero voltaaaaaaaaar!!!!!!
11 abril 2007
Summa bibliothecologica
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3 comentários:
Um balanço muito positivo ! quero ver mais fotos, mais...
Não serei o seu melhor "amigo virtual". Ainda assim, se não se importar, vou fazendo uma ou outra visita a este blogue.
Paulo
A biblioteca de Jacinto tem sempre as portas abertas e todos os visitantes são bem vindos. Se voltam, é porque se sentem bem. Ainda bem.
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