Nada de confusões! Aqui eu nem era nascida. Mas esta é, para mim, uma das melhores canções de sempre do Festival RTP da canção. Eu nem gosto muito do estilo da Simone de Oliveira mas a música, essa, é mesmo muito bonita. E, numa época em que as músicas não passavam de moda de 3 em 3 meses, ouvi-a repetidamente na rádio, durante os primeiros anos da minha infância. Mais uma que faz a banda sonora da minha vida.
Sonhos que sonhei, onde estão?
Horas que vivi, quem as tem?
De que serve ter coração,
E não ter o amor, de ninguém?
Beijos que te dei, onde estão?
A quem foste dar o que é meu?
Vale mais não ter coração,
Do que ter e não ter como eu.
Eu em troca de nada,
Dei tudo na vida.
Bandeira vencida,
rasgada no chão.
Sou a data esquecida,
A coisa perdida,
Que vai a leilão.
Sonhos que sonhei, onde estão?
Horas que vivi, quem as tem?
De que serve ter coração,
E não ter o amor, de ninguém?
Vivo de saudades, amor.
A vida perdeu o fulgor.
Como o sol de inverno,
Não tenho, calor.
Sonhos que sonhei, onde estão?
Horas que vivi, quem as tem?
De que serve ter coração,
E não ter o amor, de ninguém?
Vivo de saudades, amor.
A vida perdeu o fulgor.
Como o sol de inverno,
Não tenho, calor.
28 junho 2007
Sol de Inverno (1965)
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3 comentários:
Mas a verdadeira "revolução" nestes festivais, aconteceu com Ary dos Santos a partir da "Desfolhada", com a mesma Simone.
Basta comparar a letra com esta do "Sol de Inverno", que "se bem me lembro"...(grande Nemésio!) era de Jerónimo Bragança.
Mas o Ary dos Santos era de outro baralho!... Também adoro a poesia dele.
Este "Sol de Inverno" não conhecia - ou não me lembro, e não gostei da música. Do poema gosto.
Da "Desfolhada" gosto, música e letra, tudo. Até do "estilo" da Simone.
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