A J. estava lavada em lágrimas. Eu reparei nisso desde manhã, via-a muito cabisbaixa, umas olheiras até ao queixo. De roda dela, como que a protegê-la de olhares curiosos ou maledicentes, D. não a largou toda a manhã. Almoçou com ela, no canto do snack, ao pé da janela, só as duas. Percebia-se o clima de drama doméstico. A seguir ao almoço não resisti. Puxei D. para um canto e perguntei-lhe o que se passava com a J.
«O A., que é que tu queres? A pobrezinha está p'ra ali um trapo!». Não podia ser, quem diria, o A.?... o que é que ele...?
«Não adivinhas?» Adivinhava mas nem queria acreditar. Não, o A. não seria capaz.
«Pois eu digo-te que sim. É mesmo o que estás a pensar.»
«Não pode...»
«Tanto pode que fez! Ele contou-lhe o fim do Harry Potter!»
Filho da mãe... Os homens são mesmo todos uns sacanas!
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5 comentários:
Obrigado :)
(Quem passar por aqui descanse que não sou o A. Ainda estou a meio do livro!)
:)))))))
Gostei!
Final inesperado.
Hum.como acabará?
Não faço ideia. E mato quem me disser!
De facto, é dramático estragarem-nos a surpresa final!
:-)
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