Aviso: na biblioteca de Jacinto não se aplicará o novo Acordo Ortográfico.

12 julho 2011

MOZART - Batti, batti, o bel Masetto

Neste video apelo para a especial tolerância do caros visitantes da biblioteca de Jacinto em relação à grande gaffe lá para o meio...



Audição de alunos de canto do Professor Fernando Serafim, em 9 de Julho de 2011, no Museu da Música (Lisboa). Ao piano, a Sr.ª D. Maria Helena Matos

MOZART - Porgi amor



Audição de alunos do Professor Fernando Serafim, dia 9 de Julho de 2011, no Museu da Música (Lisboa). Ao piano, a Sr.ª D. Maria Helena Matos.

10 julho 2011

BELLINI - Vaga luna

Enfim, ganhei coragem para colocar uma audição minha no youtube. Resta-me agradecer a tolerância dos visitantes da biblioteca de Jacinto.



(Audição de alunos de canto do Professor Fernando Serafim, dia 9 de Julho de 2011, no Museu da Música (Lisboa). Ao piano, a Sr.ª D. Maria Helena Matos)

07 julho 2011

(Capa de Stuart Carvalhais para É bonito, não é?!... / versos e música de António Cândido Ferreira)

Que rapaz tão catita
Lá na Baixa encontrei!
Cara, assim, tão bonita,
Eu nunca namorei!

Oh, que lindo cabelo
E que olhar sedutor!
Que sorriso tão belo
E tão encantador!...

É bonito, não é?!...
Diga, faça favor!
Tão bonito que até
Eu receio, olaré,
Que ele tenha outro amor...

É bonito não é?!...
Ninguén há que o não diga!
Fazer dele o meu "Zé"...
Oxalá eu consiga!

É tão fino e galante
Que outro assim, nunca vi!
Todo ele é elegante,
Todo ele sorri!...

Quando o vejo, meu Deus!
Que desejos sem fim,
De ter os olhos seus,
Sempre junto de mim!...

É bonito, não é?!...
...

Portugal

Portugal
Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o sul,
o ladino pardal,
o manso boi coloquial,
a rechinante sardinha,
a desancada varina,
o plumitivo ladrilhado de lindos adjectivos,
a muda queixa amendoada
duns olhos pestanítidos,
se fosses só a cegarrega do estio, dos estilos,
o ferrugento cão asmático das praias,
o grilo engaiolado, a grila no lábio,
o calendário na parede, o emblema na lapela,
ó Portugal, se fosses só três sílabas
de plástico, que era mais barato!


Doceiras de Amarante, barristas de Barcelos,
rendeiras de Viana, toureiros da Golegã,
não há “papo-de-anjo” que seja o meu derriço,
galo que cante a cores na minha prateleira,
alvura arrendada para o meu devaneio,
bandarilha que possa enfeitar-me o cachaço.
Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós...


(Alexandre O'Neill)