Aplica-se essencialmente o mesmo que escrevi sobre "Batti, batti", embora com menos desafinação aqui, mas mais problemas de fraseado e tempo, e uma interpretação fora do carácter do personagem. A Condessa é uma mulher sofrida e magoada pelo abandono do marido, não uma coquette de 16 anos como a Zerlina. Esta ária é muito mais lenta, e as notas longas precisam de mais vida interior (eu sei, o piano não ajuda nada); atacar pp e fazer um crescendo até á sílaba seguinte. Imagine um clarinete, por exemplo. Aliás a melodia é muito semelhante ao tema do 2º andamento do concerto para clarinete de Mozart (a música do "Árica Minha"). Os tempos lentos de Mozart exigem um frasear muito dinâmico, senão as notas ficam desinteressantes.
Tem aqui uma excelente interpretação desta ária no youtube. É ouvir muitas e muitas vezes este fraseado, e praticar muita messa di voce para melhorar o apoio da voz nas notas longas. Força, vá; eu sei que é capaz!
Esta da Kiri também é exemplar de fraseado, expressão, carácter e balanço. É só ignorar quanto possa a fífia da trompa durante a introdução (aos 0:36, quando desaparecem as legendas), e mergulhar numa das melhores interpretações que conheço deste papel, tanto tecnica como emocionalmente.
Mais uma vez, obrigada pelas críticas. Eu também acho que esta área deveria ser mais lenta, a partitura diz andante mas eu não acho que fique bem. Conheço o concerto para clarinete do Mozart e sim, acho que o andamento é mais esse. Obrigada pela ligação. Volte sempre.
Gosto de música e gosto de cantar. Gosto de ler. Gosto de escrever. Gosto de arte, de design, de artesanato e de fotografia. Gosto de línguas e de linguística. Gosto de papéis velhos. Gosto do meu trabalho. Gosto de férias. Gosto de comer bem. Gosto de passear de carro, de parar nas aldeias e meter conversa com as pessoas, principalmente pessoas de idade. Gosto de pessoas de idade. Gosto da Cidade. Gosto das Serras. Gostava que o Mundo estivesse melhor mas os meus esforços não têm resultado...
*Fantasma é o termo usado nas bibliotecas para designar uma ficha que é colocada em substituição de um livro que se retirou da estante para ir à leitura.
DE VOLTA À PRATELEIRA
RODRIGUES, Ernesto, et al. - O Leão da Estrela WEST, Morris - As sandálias do Pescador WILDE, Oscar - O retrato de Dorian Gray FONSECA, Manuel da - Aldeia Nova RÉGIO, José - O príncipe com orelhas de burro DIDEROT - A religiosa VARGAS LLOSA, Mario - A tia Júlia e o escrevedor LONDON, Jack - A peste escarlate BUCK, Pearl S. - A flor oculta TAGORE, Rabindranath - A casa e o mundo CASTELO BRANCO, Camilo - Eusébio Macário CASTELO BRANCO, Camilo - Anátema FLAUBERT, Gustave - Madame Bovary BALZAC, Honoré de - A mulher de trinta anos CASTRO, Ferreira de - Emigrantes HUGO, Victor - Nossa Senhora de Paris PINTO (Sacavém), Alfredo - Castelos de fantasia REDOL, Alves - Gaibéus CASTRO, Ferreira de - A selva EBENSTEIN, William - 4 ismos DOSTOIEVSKI, Feodor - O jogador QUIGNARD, Pascal - Vie secrète DOSTOIEVSKI, Fédor - Noites brancas CALDWELL, Ian; THOMPSON, Dustin - A regra de quatro BRADBURY, Ray - Fahrenheit 451 ORWELL, George - Mil Novecentos e Oitenta e Quatro PIRES, José Cardoso - A cavalo no Diabo BRANDÃO, Raul - Os pobres DOSTOIEVSKI, Fédor - A voz subterrânea QUIGNARD, Pascal - La leçon de musique QUIGNARD - Le sexe et l'effroi OVÍDIO - A arte de amar PETRÓNIO - Satiricon BOCCACCIO - Decameron STEINER, Georges - Linguagem e silêncio: ensaios sobre a literatura, a linguagem e o inumano HUXLEY, Aldous - Admirável Mundo Novo COHN, Norman - Na senda do Milénio: milenaristas revolucionários e anarquistas místicos na Idade Média COULANGES, Fustel de - A cidade antiga MOREAU, Mário - Giacomo Puccini: o Homem e a Obra SÓFOCLES - Antígona ANDRESEN, Sophia de Melo Breyner - Contos exemplares BRAGA, Mário - Viagem incompleta GOMES, Soeiro Pereira - Esteiros ALEGRE, Manuel - Uma outra memória
3 comentários:
Aplica-se essencialmente o mesmo que escrevi sobre "Batti, batti", embora com menos desafinação aqui, mas mais problemas de fraseado e tempo, e uma interpretação fora do carácter do personagem. A Condessa é uma mulher sofrida e magoada pelo abandono do marido, não uma coquette de 16 anos como a Zerlina. Esta ária é muito mais lenta, e as notas longas precisam de mais vida interior (eu sei, o piano não ajuda nada); atacar pp e fazer um crescendo até á sílaba seguinte. Imagine um clarinete, por exemplo. Aliás a melodia é muito semelhante ao tema do 2º andamento do concerto para clarinete de Mozart (a música do "Árica Minha"). Os tempos lentos de Mozart exigem um frasear muito dinâmico, senão as notas ficam desinteressantes.
Tem aqui uma excelente interpretação desta ária no youtube. É ouvir muitas e muitas vezes este fraseado, e praticar muita messa di voce para melhorar o apoio da voz nas notas longas. Força, vá; eu sei que é capaz!
http://www.youtube.com/watch?v=NToJ2phG7Qk
Esta da Kiri também é exemplar de fraseado, expressão, carácter e balanço. É só ignorar quanto possa a fífia da trompa durante a introdução (aos 0:36, quando desaparecem as legendas), e mergulhar numa das melhores interpretações que conheço deste papel, tanto tecnica como emocionalmente.
http://www.youtube.com/watch?v=qP6qcr4e8Ho&feature=related
Mais uma vez, obrigada pelas críticas. Eu também acho que esta área deveria ser mais lenta, a partitura diz andante mas eu não acho que fique bem. Conheço o concerto para clarinete do Mozart e sim, acho que o andamento é mais esse. Obrigada pela ligação. Volte sempre.
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