Há precisamente um ano eu escrevia aqui o seguinte:
«Procurei uma imagem de esperança para vos oferecer como votos para 2014.
Procurei um poema animador, procurei uma frase, procurei uma música.
Nada conseguiu exprimir o meu sentimento contraditório de optimista
emocional - que sou - e pessimista racional - a que a realidade me
obriga. Foi então que encontrei este poema do alquimista das palavras,
António Gedeão. Não consigo acrescentar nada. Quanto à pergunta final,
responda quem souber. Para todos os visitantes da Biblioteca de Jacinto, os meus votos de um
2014 melhor do que as mais optimistas expectativas. E que caia, que caia
este ano, que caia o mais depressa possível, que caia o que já tarda em
cair, o que já devia ter caído, que caia o nosso triste desespero».
Um ano depois, o meu estado emocional não se alterou. As mais optimistas expectativas não foram atingidas, quanto mais superadas. O que se esperava que caísse não caíu. O nosso triste desepero continua desesperadamente triste.
O ano que agora entra é ano de eleições. Tenhamos esperança nos portugueses, no discernimento dos portugueses que, em outros momentos limite da nossa História, souberam mostrar que sabem deitar pela janela fora os Miguéis de Vasconcelos. Dizem que a Esperança é a última a morrer.
Em 2015, tenhamos Esperança.
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