Na senda do Milénio, de Norman Cohn, não é uma obra de ficção mas até
parece. Trata-se de um ensaio muito bem documentado, resultante de uma
década de investigação séria sobre aspectos muito obscuros de uma época
que, no seu todo, também é pouco conhecida.
Estou a lê-lo pela segunda vez (a primeira foi há mais de 25 anos). Faz uma interessantíssima viagem pelos movimentos milenaristas, pelas seitas heréticas e libertárias de origem popular e pelas suas ideologias surpreendentemente próximas dos movimentos revolucionários dos séculos XIX e XX. Anti-clericalismo, comunismo, liberdade sexual, igualitarismo, messianismo e todos os ideais utópicos de sociedade que atravessaram a Idade Média deixando rastos muito ténues para os historiadores pois, na maior parte dos casos, os seus mentores e seguidores pouco ou nada deixaram escrito. É maioritariamente por fontes secundárias que o autor consegue reconstituir este fascinante puzzle de extraordinária diversidade, contrariando a visão habitual de uma sociedade medieval monolítica.
Estou a lê-lo pela segunda vez (a primeira foi há mais de 25 anos). Faz uma interessantíssima viagem pelos movimentos milenaristas, pelas seitas heréticas e libertárias de origem popular e pelas suas ideologias surpreendentemente próximas dos movimentos revolucionários dos séculos XIX e XX. Anti-clericalismo, comunismo, liberdade sexual, igualitarismo, messianismo e todos os ideais utópicos de sociedade que atravessaram a Idade Média deixando rastos muito ténues para os historiadores pois, na maior parte dos casos, os seus mentores e seguidores pouco ou nada deixaram escrito. É maioritariamente por fontes secundárias que o autor consegue reconstituir este fascinante puzzle de extraordinária diversidade, contrariando a visão habitual de uma sociedade medieval monolítica.
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