É um fenómeno do tempo em que vivemos. Depois da hiper-especialização do
século XX (com as profissões cada vez mais e mais especializadas) no
século XXI assiste-se à diluição das competências e das profissões.
Embora fosse necessário pôr um fim à hiper-especialização, que estava a
conduzir a que se soubesse cada vez mais acerca de cada vez menos até ao
ponto de se chegar a saber tudo acerca de nada, é necessário não cair
no extremo oposto. O saber específico do arquitecto não
é o saber específico do engenheiro. Na minha área isto começou há mais
tempo, quando as carreiras de bibliotecário e arquivista foram extintas e
se diluiu a formação em diferentes cursos de uma coisa vaga denominada
Ciência da Informação que é tudo e não é nada. Como se médicos,
enfermeiros, analistas clínicos, fisioterapeutas pudessem ser colocados
todos no mesmo saco a fazer as mesmas coisas e chamar-lhes Profissionais
de Saúde.
Hoje, um bibliotecário que reclame o regresso da carreira
e da regulação do exercício da profissão corre sérios riscos de ser
acusado de corporativismo. Não é corporativismo. "É o profissionalismo,
estúpido!"
Siza Vieira e Souto Moura reagem a pretensões de engenheiros
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