Martin Luther King
(15 Jan. 1929 – 4 de Abr. 1968)
«Tenho o sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: "Consideramos que estas verdades são evidentes por si mesmas: todos os homens são criados iguais".
«Tenho o sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
«Tenho o sonho que um dia, até o estado do Mississipi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
«Tenho o sonho que os meus quatro filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caractér.
«Eu tenho um sonho, hoje.
«Tenho o sonho que um dia o estado de Alabama, cujos lábios do governador actualmente pronunciam palavras de obstaculização e anulação, seja transformado ao ponto de os rapazinhos negros, e as rapariguinhas negras, possam dar-se as mãos com outros rapazinhos brancos e rapariguinhas brancas, caminhando juntos, lado a lado, como irmãos e irmãs.
«Eu tenho um sonho, hoje.
«Tenho o sonho que um dia todos os vales serão elevados, todas as colinas e montanhas serão abaixadas, os lugares acidentados serão aplanados e os lugares tortuosos serão endireitados, e a glória do Senhor será revelada, e todos os seres a verão conjuntamente.
«Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao Sul. Com esta fé seremos capazes de retirar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias da nossa nação numa bonita e harmoniosa sinfonia de fraternidade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ir para a prisão juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela liberdade, sabendo que um dia seremos livres.
«Será esse o dia em que todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: "O meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram os meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada localidade ressoe a liberdade".
[...]
«Quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada aldeia, de cada estado e de cada cidade, seremos capazes de apressar o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar as mãos e cantar as palavras da antiga canção negra: "Livres, finalmente! Livres, finalmente! Graças a Deus, Todo Poderoso, finalmente somos livres!"»
(Tradução baseada nesta, com pequenas alterações minhas)
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