ROSSINI, Gioacchino - Il barbiere di Siviglia. Ária «Una voce poco fa».
Às vezes, tenho o supremo azar de ouvir de manhã uma daquelas músicas que se agarram ao ouvido com unhas e dentes. Passo depois o dia a cantarolar coisas horrorosas (mas que têm honras de TSF, deve ser do sotaque brasileiro, se fossem portuguesas só passavam em rádios locais) como "o que eu gosto é de rosas" ou "eu não sei parar de te olhar". É uma coisa invasiva e insuportável.
Nos últimos dias, pelo contrário, ando a cantarolar incessantemente, com gargarejos e tudo, Una voce poco fa. Não sei que me deu "foi feitiço talvez". Deve ser um sinal: «Tens de postar isto... tens de postar isto...».
Aqui vai, numa versão que eu desconhecia, por uma senhora que nunca me foi apresentada: Ewa Podleś. Gostei.
11 julho 2007
Una voce poco fa
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6 comentários:
se a ewa podles nunca te foi apresentada... ouve a senhora a cantar o lamento de dido.
tenho a certeza que no final dirás: a perfeição existe !
mesmo descontanto o facto de a senhora se achar o único contralto puro...
afinal ninguém é perfeito
e eu também não quero ser ninguém
Também gostei, mas...
Sabe, muitas das mais célebres árias têm um pequeno "problema". Elege-se o nosso intérprete de eleição, e depois todas as outras, por boas que sejam, parecem-nos sempre inferiores.
Neste caso, depois de ouvir Callas...nem a Berganza, ou a Bartoli nos contentam por aí além.
Este contralto polaco tem poucas gravações, mas dou-lhe uma novidade: ela vai fazer este ano, no Canadá, a Klytamnestra da "Elektra".
Aguardo com curiosidade.
A Callas é magistral nesta como em todas e tinha uns graves encorpadíssimos, mas prefiro esta ária cantada por um mezzo do que por um soprano. A minha intérprete de eleição para esta ária continua a ser a Bartoli.
Carlos, já ouvi. Extraordinário!
Adoro a Bartoli, belo, estrondoso...
José Pedro
Fabulosa!
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