Aviso: na biblioteca de Jacinto não se aplicará o novo Acordo Ortográfico.

23 abril 2009

Dia Mundial do Livro

«23 de Abril: uma data simbólica para o mundo da literatura por, nesta data e no mesmo ano de 1616, terem morrido Cervantes, Shakespeare e o Inca Garcilaso de la Vega.» (In: UNESCO. Trad. minha)

No site oficial do ministério da cultura espanhol menciona-se apenas «por ser o da morte de Cervantes e o de nascimento ou morte de outros ilustres escritores»(In: Día del Libro 2009. Trad. minha). Porque é que isto não me surpreende?

(Il. de PRATT, Pierre, 1962. Fonte: Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas)

(Fonte: UNESCO)

20 abril 2009

Ah, se o ridículo matasse!...

«Conselho da Corrupção vai criar regras para quem trabalha em organismos públicos. As prendas vão ter limite e os funcionários do Estado vão circular entre serviços.»
(Continuar a ler: Público)

Será que podemos receber uma caixa de chocolates gentilmente oferecida por um leitor depois de ter sido bem atendido? Hum... uma ainda vá, até 200g. Mais que isso não. E toca a rodar daqui pra fora que isso de conhecer o leitor pelo nome, saber o que anda a pesquisar, ficar com o endereço electrónico dele para o avisar se descobrirmos algum documento que lhe pode interessar, isso são «relações de proximidade com o meio envolvente» inadmissíveis e intoleráveis. O "utente" tem de ser atendido de forma impessoal, de preferência sem ser olhado nos olhos, de preferência, ainda, de trombas, para se sentir o pior possível e não querer voltar.
Aí, sim, temos um serviço público isento, neutro, impessoal, igualitário, enfim, de qualidade!

15 abril 2009

Mapa etno-musical de Portugal no Centro Virtual Camões

Do sítio web do Instituto Camões:
«A música tradicional portuguesa está bem e recomenda-se. E vai ter a partir de Abril um mapa etno-musical em linha no Centro Virtual Camões, que mostra a distribuição pelo território da música e dos instrumentos musicais característicos de cada região, permitindo ainda ler a propósito textos explicativos e ouvir peças ilustrativas.
«O projecto é da autoria Júlio Pereira, um dos músicos que maior actividade tem desenvolvido pela preservação dos instrumentos tradicionais portugueses, e conta com a colaboração do historiador e produtor musical João Luís Oliva, responsável pelos textos do mapa, e com o grafismo de Sara Nobre.
«Na base do mapa estão os levantamentos feitos pelo etnólogo Ernesto Veiga de Oliveira, que foi director do Museu de Etnologia e que «dedicou cerca de 40 anos da sua vida ao estudo das raízes tradicionais» portuguesas, conjuntamente com Benjamim Pereira, e pelo muito conhecido musicólogo Michel Giacometti.»
(In: sítio web do Instituto Camões. Continuar a ler aqui)

14 abril 2009

Pergunta talvez sem resposta

O que é que leva alguém a dar-se ao trabalho de se introduzir numa escada de um prédio, a meio da noite, subir a um 3º andar sem elevador e roubar um vaso de flores?

09 abril 2009

08 abril 2009

Mário Moreau

Tive hoje o prazer de ser apresentada a uma pessoa que muito admiro pelo seu trabalho, o Dr. Mário Moreau.
Mário Moreau nasceu em 1926 e é médico. Paralelamente à sua actividade clínica desenvolveu, desde os anos oitenta, uma intensa actividade de pesquisa sobre a vida operática portuguesa tendo escrito "Cantores de ópera portugueses" (em três grossos volumes), "Coliseu dos Recreios: um século de história", "O Teatro de São Carlos: dois séculos de história" e ainda, mais recentemente, as biografias de Tomás Alcaide e Luísa Todi.
Em especial, das suas primeiras três obras pode dizer-se que, se não existissem, tinham de ser inventadas. Não são trabalhos científicos, são obras de referência fundamentais. Têm-lhes sido apontados defeitos pelos investigadores de "escola", defeitos que fariam todo o sentido se apontados a obras de natureza académica. A menção de fontes, por exemplo, é deficitária e não segue os critérios exigidos a um trabalho científico. Acontece que as obras de Moreau não são nem pretendem ser trabalhos académicos, não têm o objecto, nem o método, nem pretendem atingir os objectivos de um trabalho académico. São obras de paciência infinita, de dedicação absoluta, como já ninguém faz.
Porque há neste país a mania irritante de só homenagear os mortos (não fossem eles, em vida, ainda fazerem alguma asneira...), aqui fica a minha sentida homenagem a alguém que está bem vivo e em actividade.