30 junho 2009
25 junho 2009
Flauta com 35 000 anos
De manhã, enquanto me preparava para saír de casa, ouvi uma crónica na TSF em que se referia a descoberta arqueológica de uma flauta em osso de grifo com trinta e cinco mil anos. No fim da crónica, colocava-se no ar o som de uma suposta "réplica" dessa flauta. Bastam rudimentos de história da música para perceber que uma flauta com 35000 anos nunca poderia produzir aquela melodia. Nem com 5000 anos. Provavelmente, nem com 1000 anos.
Antes mesmo de eu fazer uma pesquisa na Internet, uma colega bem intencionada enviou-me a ligação para o sítio do Público onde está a notícia e a ligação para essa gravação.
O mau jornalismo impera, já sabemos. A ignorância musical campeia, também já sabemos. O problema não está tanto na notícia, a qual resume o artigo apresentado na revista Nature de ontem.
O problema está na "informação" complementar: além do Público não apresentar em "outros recursos" a ligação para o artigo original, o que deveria fazer, remete, nessa secção, para a tal gravação de uma musiquinha tocada numa pseudo-réplica da dita flauta.
Só falta saber: estaria a flauta com 35 000 anos afinada em Lá 440?...
Antes mesmo de eu fazer uma pesquisa na Internet, uma colega bem intencionada enviou-me a ligação para o sítio do Público onde está a notícia e a ligação para essa gravação.
O mau jornalismo impera, já sabemos. A ignorância musical campeia, também já sabemos. O problema não está tanto na notícia, a qual resume o artigo apresentado na revista Nature de ontem.
O problema está na "informação" complementar: além do Público não apresentar em "outros recursos" a ligação para o artigo original, o que deveria fazer, remete, nessa secção, para a tal gravação de uma musiquinha tocada numa pseudo-réplica da dita flauta.
Só falta saber: estaria a flauta com 35 000 anos afinada em Lá 440?...
19 junho 2009
Concerto pelo coro do Teatro Nacional de São Carlos
A Biblioteca Nacional de Portugal, associada ao Teatro Nacional de São Carlos, promove amanhã, sábado, pelas 18h00, um concerto integrado no projecto Música na Biblioteca.
O coro do Teatro Nacional de São Carlos e os solistas Filipa Lopes (Soprano), Natália Carvalho Brito (Meio-Soprano), Laryssa Savchenko (Meio-Soprano) e Carlos Silva (Tenor), dirigidos pelo Maestro Anton Tremmel e acompanhados ao piano por Kodo Yamagishi, apresentarão música de Purcell, Donizetti, Mendelssohn, Alfredo Keil, Gounod, Tchaikovski e Johann Strauss.
O coro do Teatro Nacional de São Carlos e os solistas Filipa Lopes (Soprano), Natália Carvalho Brito (Meio-Soprano), Laryssa Savchenko (Meio-Soprano) e Carlos Silva (Tenor), dirigidos pelo Maestro Anton Tremmel e acompanhados ao piano por Kodo Yamagishi, apresentarão música de Purcell, Donizetti, Mendelssohn, Alfredo Keil, Gounod, Tchaikovski e Johann Strauss.
18 junho 2009
E depois do adeus
Morreu o maestro José Calvário. Muito cedo, cedo de mais, com apenas 58 anos. Nascido em 1951, tinha apenas 23 anos quando compôs a mais emblemática e (para mim) a melhor canção de sempre do festival da canção: E depois do adeus.
José Calvário era, talvez, o mais jovem de uma linhagem de maestros dedicados, totalmente ou em parte, à composição de música ligeira. Linhagem de que fizeram parte Alves Coelho, Raúl Portela, Raúl Ferrão, Armando Leça, Belo Marques, Cruz e Sousa, Frederico de Freitas, Tavares Belo, Nóbrega e Sousa, Frederico Valério, Shegundo Galarza, Jorge Costa Pinto e Pedro Osório (estes dois ainda vivos), entre muitos outros.
A música ligeira já não é o que era e - salvo aqueles casos (que, felizmente, nem são assim tão poucos) em que um elevado talento musical consegue suprir a ausência de formação teórica - predomina, desde os anos 80, o "compositor de assobio" assoprado para o gravador e arranhado na viola ou no teclado, o solidó de sempre ajudado pelos efeitos especiais da electrónica. Do tão vituperiado nacional cançonetismo, desceu-se à música pimba e, talvez pior, às imitações da pop britânica e americana.
Não sei, presentemente, quem serão os herdeiros desta linhagem que Calvário abandonou tão cedo. O fenómeno não é apenas português: a canção italiana e a francesa desapareceram da rádio e, se ainda existem, não conseguem romper a malha apertada das grandes editoras, controladas pelos mesmos grupos económicos que controlam as rádios e as televisões e que, em todo o mundo, forjam sucessos com a mesma indiferença com que destroem sonhos.
Não sei como será, depois deste adeus.
José Calvário era, talvez, o mais jovem de uma linhagem de maestros dedicados, totalmente ou em parte, à composição de música ligeira. Linhagem de que fizeram parte Alves Coelho, Raúl Portela, Raúl Ferrão, Armando Leça, Belo Marques, Cruz e Sousa, Frederico de Freitas, Tavares Belo, Nóbrega e Sousa, Frederico Valério, Shegundo Galarza, Jorge Costa Pinto e Pedro Osório (estes dois ainda vivos), entre muitos outros.
A música ligeira já não é o que era e - salvo aqueles casos (que, felizmente, nem são assim tão poucos) em que um elevado talento musical consegue suprir a ausência de formação teórica - predomina, desde os anos 80, o "compositor de assobio" assoprado para o gravador e arranhado na viola ou no teclado, o solidó de sempre ajudado pelos efeitos especiais da electrónica. Do tão vituperiado nacional cançonetismo, desceu-se à música pimba e, talvez pior, às imitações da pop britânica e americana.
Não sei, presentemente, quem serão os herdeiros desta linhagem que Calvário abandonou tão cedo. O fenómeno não é apenas português: a canção italiana e a francesa desapareceram da rádio e, se ainda existem, não conseguem romper a malha apertada das grandes editoras, controladas pelos mesmos grupos económicos que controlam as rádios e as televisões e que, em todo o mundo, forjam sucessos com a mesma indiferença com que destroem sonhos.
Não sei como será, depois deste adeus.
16 junho 2009
A torre da Biblioteca Nacional cresce!
Se bem se lembram os visitantes da biblioteca de Jacinto, desde 10 de Outubro que eu venho a publicar fotografias das obras de ampliação da torre de depósitos da Biblioteca Nacional de Portugal.
Em 30 de Janeiro:
Em 17 de Fevereiro:
Em 3 de Março:
Em 20 de Março:
Em 7 de Maio:
Em 14 de Maio:
Em 2 de Junho:
Hoje, 16 de Junho:
Em 30 de Janeiro:
Em 17 de Fevereiro:
Em 3 de Março:
Em 20 de Março:
Em 7 de Maio:
Em 14 de Maio:
Em 2 de Junho:
Hoje, 16 de Junho:
Ponte do Poço de São Tiago, em Sever do Vouga
A Teresamaremar andou muito perto mas quem acertou mesmo foi a Teresa. Não dá prémio mas dá direito a parabéns!
15 junho 2009
Desafio...
... os visitantes da biblioteca de Jacinto a identificar a ponte do post anterior. Na quinta-feira passei lá em cima. A pé. E mais não digo.
05 junho 2009
Em contagem decrescente...
... para uma semana de férias. No campo, como nós gostamos.
Desta vez, para conhecer bem uma região onde só tínhamos passado, há pouco mais de um ano.
Desta vez, para conhecer bem uma região onde só tínhamos passado, há pouco mais de um ano.
03 junho 2009
Concerto pelo Quarteto Vianna da Motta
A Biblioteca Nacional de Portugal, associada ao Teatro Nacional de São Carlos, promove esta quinta-feira, dia 4, pelas 19h00, um concerto integrado no projecto Música na Biblioteca. Serão apresentadas duas obras, o Quarteto n.º 8 em dó menor op. 110, de Dmitri Schostakovich (1906-1975), e o quarteto em Sol Maior, de José Viana da Mota (1868-1948), cujo manuscrito integra o acervo musical da Área de Música da Biblioteca Nacional de Portugal. A execução estará a cargo do Quarteto Vianna da Motta.
Entrada livre.
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