Neste video apelo para a especial tolerância do caros visitantes da biblioteca de Jacinto em relação à grande gaffe lá para o meio...
Audição de alunos de canto do Professor Fernando Serafim, em 9 de Julho de 2011, no Museu da Música (Lisboa). Ao piano, a Sr.ª D. Maria Helena Matos
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7 comentários:
A gaffe não ensombrou, de todo, este raro momento artístico.
Obrigada!
Foi o Face que mais uma vez resolveu privar-me do convívio de vários amigos entre os quais a Maria Clara.
Tentei enviar-lhe um e-mail mas nem através do face nem do hotmail consegui.
Desculpe servir-me do seu blogue para falar disto mas não me ocorreu outra forma. Beijinho.
Mozart já morreu há tantos anos; que necessidade havia de o assasinar desta forma perante o público?! Não está morto que chegue?
Nem sei por onde começar... tempo demasiado rápido, frases interrompidas pela respiração fora do sítio (faltas de ar evidentes), voz mal apoiada, respiração curta e superior, em vez de abdominal profunda e controlada, passagens em coloratura ("vogliam passar") desafinadas e desiguais, ritmo atabalhoado, desigualdade do timbre ao longo da extensão com evidentes quebras de registo, deficiente apoio nos finais de frase... O piano também estava cheio de gralhas, e ter a música à frente só atrapalha, e ainda por cima a estante estava demasiado alta, prejudicando a postura e a linha de visão para a sala (comunicação com o público). Ainda por cima põe-se em bicos de pés, especialmente quando vai aos agudos, prejudicando o equilíbrio do corpo, e logo a segurança da emissão. E nem com a música à frente acertou na entrada a meio do "Batti batti"!..
Desculpe lá a franqueza, mas isto precisa de muito mais estudo, e não está em condições mínimas de apresentar em público. Deixe lá o Mozart em paz por agora (excepto talvez "L'ho perduta", a ária da Barbarina que abre o 4º acto das Bodas e alguns Lieder, sei lá, "Als Luise die Briefe" é capaz de lhe ficar bem), fique-se pelo "Caro mio ben" e as outras árias antigas, e faça muita, mas mesmo muita muita muita "messa di voce", que são exercícios em notas longas crescendo e decrescendo, e vai variando as sílabas e o registo, para corrijir esse apoio no diafragma, ganhar segurança e confinaça antes da emissão e aumentar a capacidade de sustentar uma nota ou frase sem cortar a respiração (melhorar o fiatto). Mas se persistir, chega lá, porque a voz é bonita; precisa é de muito muito muito treino devidamente acompanhado, e não de palmadinhas nas costas, nem de dar passos maiores do que s pernas, ok. Nada de se deixar ir abaixo; o prazer no final compensa a dureza do esforço.
Aqui tem um link para uma entrevista com M Horne e Joan Sutherland onde se discutem matérias de técnica vocal. Coisas que o seu prof de canto lhe devia transmitir e encorajar a seguir, em vez de a colocar no palco com tão pouca preparação. Ouça e aproveite, que cantoras destas já não há muitas por aí.
http://www.youtube.com/watch?v=w30ygFJeRzk
Cara Zeta, obrigada pelas críticas duras mas justas. Vou tentar aproveitar alguma coisa. Entretanto, devo assinalar de que não se trata de um concerto (o que eu jamais me atreveria a fazer) mas de uma audição de alunos. Os defeitos são muitos mas não tenho qualquer intenção de assassinar o pobre Mozart que parece que já o terá sido uma vez. Volte sempre.
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