«Sobre as mulheres brrabas.
[...] que porquanto as mulheres que são bravas e de más linguas com sua soberba dizem muitas coisas malditas que não são, com que afrontam a muitas mulheres e homens de que se segem grandes damnos e brigas e diferenças e mortes e ferimentos. E de suas ruins linguas resultam grandes prejuizos que para isto se evitar; que nenhuma mulher nas praças nem nas ruas nem de suas... casas nem de suas portas ou genelas adoeste nem chame nenhuns nomes a nenhuma outra mulher de qualquer qualidade e condição que seja nem a nenhum homem sob pena [...] de 500 rs [...] ainda que seja compreendida em adoestar por acenos e remoques. E a que for compreendida em terceira vez será presa e da cadeia pagará a dita pena e além disso será enfreada com um freio na boca.»
Despacho da Câmara Municipal de Beja, Lv. 1º (1604-1735). In Arquivo de Beja. Vol. 15 (1958)
4 comentários:
Eh, pá! Isto está em vigor?...
Não mas devia estar. Pelo menos, para algumas que eu cá sei...
Talvez o texto dê indicações sobre as motivações desta bravura feminina, pelo que peço à autora que forneça mais elementos que poderão ser encontrados nesta peça (e outras haverá!).
É um elemento interessante para o estudo da história da mulher, neste caso da mulher alentejana, porque foca uma estatégia de silenciamento de um grupo social que, quer a ordem dos bons costumes desse tempo filipino, deveria ter tento na língua.
Não, não dá mais informações. É a transcrição de um despacho da Câmara de Beja, sem mais informação.
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